Exibição de obras de Da Vinci provoca frenesi em Londres
Por Mike Collett-White
LONDRES (Reuters) - George Clooney ficou para trás e Lady Gaga é coisa do passado. A nova celebridade da cidade é o artista renascentista Leonardo da Vinci, objeto de uma grande exposição na National Gallery, em Londres, que provocou o mesmo frenesi de um filme campeão de bilheteria de Hollywood.
Críticos vêm revezando superlativos para descrever a mostra "Leonardo Da Vinci: Pintor na Corte de Milão", que reúne nove dos apenas 15 ou 16 quadros conhecidos do mestre.
Não estão na exposição os mais famosos de todos - a "Mona Lisa", que fica no Louvre, em Paris, e o mural "A Última Ceia", exibido em Milão, que não podem ser movidos para outras localizações.
Mas a National Gallery ainda está confiante em que a coleção, que inclui empréstimos de todo o mundo, representa "a mais completa exibição de raras pinturas sobreviventes de Leonardo já realizada".
O curador Luke Syson, que trabalhou por cinco anos na mostra, ficou quase às lágrimas ao descrevê-la na primeira de duas prévias à imprensa nesta terça-feira, realizadas para lidar com a grande demanda da mídia.
"As pessoas têm falado sobre isso como uma oportunidade sem precedentes", disse ele.
"É uma oportunidade sem precedentes. Isso provavelmente não vai acontecer assim de novo e por isso é muito comovente, pensar que realmente podemos ser capazes de entender Leonardo melhor coletivamente."
Ele disse que a exibição, que vai de 9 de novembro a 5 de fevereiro de 2012 e deve ser um sucesso de público, tem como objetivo se concentrar em Da Vinci o pintor, e não o cientista, inventor, engenheiro, matemático ou sábio.
"Em primeiro lugar e acima de tudo Leonardo foi treinado como pintor e pensava como pintor, mesmo quando estava fazendo outras coisas. Para ele, a visão era o sentido primordial."
A mostra foi originalmente inspirada na restauração feita pela galeria da "Virgem das Rochas" e pela primeira vez as duas versões da mesma obra, pertencentes à National Gallery e ao Louvre, serão exibidas juntas.
Também está na mostra a obra "Salvator Mundi", mistério digno do livro de Dan Brown "O Código da Vinci", que apenas recentemente foi atribuída a Da Vinci, com sua autenticidade ainda sendo questionada por alguns.
Listada pela National Gallery como um trabalho original de Da Vinci, a pintura foi vendida na Sotheby's em 1958 por 45 libras, embora na época se acreditava ter sido feita por um dos alunos de Da Vinci.
De acordo com a ARTnews, o trabalho é agora propriedade de um consórcio de negociadores, incluindo Robert Simon, especialista da Old Masters, em Nova York.
A obra atualmente é avaliada por especialistas em 200 milhões de dólares. Simon disse à publicação que ela "não está à venda".
A National Gallery reuniu praticamente todas as pinturas conhecidas de Da Vinci de Milão, onde ele foi artista da corte para o governador da cidade, Ludovico Sforza, de 1482 a 1499.
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