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Obras de Miró, Monet e Modigliano são exibidas em Zurique

21/10/2011 15h24

Por Caroline Copley

ZURIQUE (Reuters) - No último meio século, o motivo principal do interesse da família Nahmad pela arte foi saber quanto dinheiro poderia ganhar negociando obras de Picasso, Monet e Dali.

Agora uma nova exposição, "Miro, Monet, Matisse - A Coleção Nahmad", vem pela primeira vez revelar as obras de artistas famosos que a família tinha guardado em um armazém, onde estavam quase esquecidas.

A história começou no início dos anos 1960, quando os irmãos Ezra e David Nahmad começaram a comprar obras de arte em Paris e transportá-las até Milão para vender.

Em uma ocasião, eles dirigiram a noite inteira com uma tela de Picasso amarrada ao bagageiro do carro Morris Minor deles, porque o quadro não cabia no porta-malas, contou Helly, filho de Ezra, em entrevista dada para o catálogo da exposição.

"Quando chegaram a Milão, levaram um susto: a tela não estava mais lá. Tinha se soltado no caminho. Eles deram meia-volta imediatamente, e, por sorte, encontraram o quadro, danificado, no meio do capim à beira da estrada."

Christoph Becker disse em briefing à mídia que, para a geração mais velha da família Nahmad, a exposição deste outono é a primeira oportunidade de mostrar a seus filhos o que ela realizou.

Como a maioria das obras compradas foi diretamente da casa de leilões para o depósito, os membros da família nunca viram alguns dos quadros e têm uma visão apenas parcial do que lhes pertence, disse o curador.

Concentrada no período de 1870 a 1970, a exposição abrange desde aquarelas impressionistas de Monet até 14 telas psicodélicas coloridas do artista espanhol Joan Miró, passando por vários trabalhos raramente vistos.

Um dos destaques é uma pintura que Picasso fez de seu filho em fantasia de arlequim, "Le Petit Pierrot aux fleurs" (1923/1924). As cores pastéis suaves formam um contraste com as figuras abstratas de trabalhos posteriores do artista, também expostos.

"Miro, Monet, Matisse - A Coleção Nahmad" fica em exposição no Kunsthaus Zurich, na Suíça, até 15 de janeiro.