Exposição do Turner Prize deixa Londres
Por Mike Collett-White
GATESHEAD, Inglaterra (Reuters) - Na ausência de grandes atrações impactantes na exposição do Turner Prize deste ano, os organizadores esperam que a qualidade das obras à mostra seja suficiente para gerar manchetes e notícias positivas para o evento.
A premiação anual é uma das mais reconhecidas e polêmicas do mundo da arte contemporânea, despertando um acalorado debate público sobre o que é a arte.
Entre seus vencedores, está Martin Creed, cuja obra apresentada em 2001 foi um quarto vazio com luzes que se acendiam e apagavam.
Três anos antes, Chris Ofili triunfou com pinturas que incorporam esterco de elefante.
Mas o Turner também ajudou a consolidar carreiras de alguns dos principais artistas contemporâneos britânicos, incluindo Damien Hirst, que venceu em 1995, Steve McQueen (1999) e Antony Gormley (1994).
Este ano, os artistas indicados para o prêmio são Karla Black, Martin Boyce, Hilary Lloyd e George Shaw, e suas obras estão expostas na galeria Baltic em Gateshead, no norte da Inglaterra, de 21 de outubro a 8 de janeiro.
É a segunda vez na história de 27 anos do Turner Prize que ele vai para fora de Londres -- e a primeira vez que vai para uma galeria não pertencente à Tate.
Godfrey Worsdale, diretor da Baltic e membro do júri de 2011, afirmou que o tipo de indignação que acompanhava o prêmio pode ser uma coisa do passado, já que os apreciadores de arte britânicos se tornaram mais sofisticados.
"Gosto de pensar que o debate avançou um pouco", disse ele a jornalistas durante uma prévia da exposição para a mídia na quinta-feira.
"Eu espero. Não há nada pior do que não falarem nada sobre você, mas acho que o debate ficou um pouco mais sofisticado agora."
Ele também disse que é importante realizar o prêmio fora de Londres.
"Acredito que é um tipo de declaração sobre o Turner Prize ser uma premiação nacional", explicou.
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