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Livro de Dyan Cannon relata vida da atriz ao lado de Cary Grant

14/10/2011 18h49

Por Zorianna Kit

LOS ANGELES (Reuters) - Foi um romance de contos de fadas que virou um casamento turbulento, e agora Dyan Cannon fez o relato de sua relação com o lendário ator de Hollywood Cary Grant no livro "Dear Cary: My Life with Cary Grant."

Com uma diferença de idade de mais de 30 anos entre eles, os dois tiveram um namoro mágico nos anos 1960, mas o lado sombrio de Cary Grant veio à tona depois que ficaram noivos.

Após três anos de casamento e pouco após o nascimento da filha deles, Jennifer, eles se divorciaram, e Dyan Cannon teve um colapso nervoso.

A atriz, agora com pouco mais de 70 anos, conversou com a Reuters sobre seu ex-marido já falecido e o que aprendeu sobre o amor ao longo dos anos.

P: Por que focar o livro apenas sobre os anos que você passou com Cary?

P: Já me ofereceram muito dinheiro ao longo dos anos para escrever um livro que contasse todos os detalhes, mas este livro não é assim. Eu quis que fosse um livro útil, que inspirasse. É sobre as coisinhas que acontecem nos relacionamentos e que nos distanciam. Achei que as pessoas se beneficiariam disso.

P: Havia uma mensagem subjacente que você quis transmitir?

R: Uma das maiores mensagens é que amar e servir é maravilhoso.

P: Cary foi um grande defensor do uso do LSD e queria que você usasse com ele. Mas, para você, foi uma experiência desastrosa. Você acha que Cary tinha um problema com drogas?

R: De maneira alguma. Ele achava que o LSD fosse seu portal para chegar a Deus, à paz, a se afastar da turbulência que não o deixava em paz. Achava que o LSD o ajudava, mas eu acho que não.

P: Vocês puderam manter uma amizade depois do divórcio?

R: Nos tratávamos com educação.

P: Quando Cary morreu, aos 82 anos, isso a afetou?

R: Fiquei espantada por quanto eu o chorei. Por quão profundamente senti a perda dele. Eu o amava muito, mas parte desse amor parecia ter sumido por baixo de toda a dor.

P: Ele foi o maior amor de sua vida?

R: Já conheci muitos homens maravilhosos. Conheci alguns imbecis. Acho que o melhor ainda está por vir (ri). Acho mesmo. Porque agora eu entendo o amor. Por isso posso dizer que sou uma mulher completa, satisfeita. Mas ainda não tive com ninguém a experiência que tive com Cary. Eu o amei e ele me amou. Fui a única mulher no mundo em quem ele confiou o suficiente para ter uma filha. Isso quer dizer muito para mim.