Legista duvida que Jackson tenha causado a própria morte
Por Alex Dobuzinskis
LOS ANGELES (Reuters) - Michael Jackson não pode ter se administrado a dose de anestésico propofol que causou a sua morte, em 2009, disse na terça-feira em depoimento o médico legista responsável pela autópsia.
Christopher Rogers afirmou a jurados que ele qualificou a morte do cantor como homicídio. Conrad Murray, médico particular de Jackson, está sendo processado por homicídio culposo, algo que ele nega, embora tenha admitido que administrou propofol a Jackson como sonífero.
Sua defesa alega que o cantor causou a própria morte ao reforçar a dose de propofol quando Murray havia saído do quarto dele, na manhã de 25 de junho de 2009.
"As circunstâncias, sob o meu ponto de vista, não apoiam (a tese da) autoadministração de propofol", declarou Rogers.
Murray disse à polícia que passou dois minutos fora do quarto, e Rogers disse que isso não seria suficiente para que Jackson se administrasse uma dose adicional do medicamento.
O médico do IML de Los Angeles afirmou que, como não havia equipamentos de dosagem adequados no quarto de Jackson, Murray poderia ter facilmente submestimado a quantidade de medicamento dada ao cantor.
"O problema que o sr. Jackson tinha era não conseguir dormir, e não é apropriado administrar propofol nessa situação. O risco supera o benefício", disse Rogers.
Testemunhas e registros telefônicos revelaram que Murray passou mais de 45 minutos ao telefone ou escrevendo emails antes de supostamente encontrar o cantor desacordado e chamar uma ambulância.
Num dia dramático, no começo da terceira semana de julgamento, os jurados viram uma foto do corpo de Jackson, esquálido e nu, na mesa de autópsia.
Alguns fãs no plenário soluçaram discretamente, e uma pessoa saiu da sala, muito emocionada. A família de Jackson pediu para não ver as imagens da autopsia.
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