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Defesa de Murray contesta perícia na casa de Michael Jackson

06/10/2011 19h45

Por Alex Dobuzinskis

LOS ANGELES (Reuters) - Um advogado do médico Conrad Murray, acusado de cometer homicídio culposo contra Michael Jackson, contestou nesta quinta-feira o trabalho da perícia no quarto onde o cantor sofreu uma parada respiratória que o levaria à morte, em 2009.

A legista investigadora Elissa Fleak prestou depoimento durante o julgamento de Murray, e foi duramente interrogada pelo advogado Ed Chernoff.

"A senhora concordaria comigo que fez um número substancial de erros na sua investigação?", perguntou Chernoff. Elissa negou essa insinuação, mas admitiu que suas anotações manuscritas foram destruídas depois de serem copiadas no laudo. "Faço isso em todos os meus casos", afirmou.

Chernoff questionou Elissa sobre a declaração dela de que um frasco de propofol teria sido encontrado dentro de uma bolsa para solução intravenosa. Segundo a legista, investigadores encontraram o anestésico propofol e a bolsa dentro de uma sacola de compras, num closet, quatro dias depois da morte de Jackson.

Acusação e defesa concordam que havia impressões digitais de Murray no frasco de propofol, substância que, segundo legistas, foi decisiva para causar a morte do artista. O médico admite ter administrado esse anestésico a Jackson, mas sua defesa alega que o próprio cantor reforçou a dose quando Murray deixou o quarto, e que isso causou a morte.

Elissa admitiu que suas anotações originais não mencionavam a descoberta do frasco de propofol dentro da bolsa de solução intravenosa, e que essa informação foi constar no relatório só neste ano.

Dias atrás, o segurança Alberto Alvarez, que esteve no quarto no dia da morte de Jackson, disse ao tribunal que viu um frasco com uma substancia leitosa -- que os promotores dizem ser o propofol -- dentro de uma bolsa para solução intravenosa. Alvarez disse que guardou as duas coisas numa sacola de compras a pedido de Murray.

Elissa rejeitou as insinuações de Chernoff de que ela teria alterado suas conclusões para torná-las compatíveis com a versão do segurança, a pedido da promotoria. "Jamais conversei com os promotores sobre outra testemunha", afirmou ela.

A legista disse ainda ter fotografado a bolsa de solução intravenosa e o frasco de propofol, depois de tirar o saco da bolsa, para mostrar que eles haviam sido encontrados juntos.

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