Namorada do médico de Jackson diz que recebeu propofol em casa
Por Alex Dobuzinskis
LOS ANGELES (Reuters) - O médico Conrad Murray recebeu várias embalagens do anestésico propofol na casa da sua namorada na época em que cuidava do cantor Michael Jackson, disse a mulher nesta terça-feira durante o julgamento de Murray pela acusação de homicídio culposo do cantor.
Promotores disseram na semana passada que Murray recebeu 255 frascos de propofol no apartamento da sua namorada Nicole Alvarez, contendo um total de 15 litros da substância, encontrada em grande quantidade na autopsia no cadáver de Jackson, morto em 2009.
Alvarez disse no depoimento desta terça-feira que Murray, com quem ela teve um filho, morava com ela naquela época na cidade litorânea de Santa Monica, enquanto ele prestava atendimento ao cantor na mansão alugada por Jackson em Los Angeles.
Ela admitiu que recebia pacotes de uma farmácia de Las Vegas, mas disse desconhecer o conteúdo. "Lembro de receber encomendas... De vez em quando", afirmou ela, num interrogatório às vezes duro dos promotores.
Tim Lopez, ex-proprietário da Applied Pharmacy, de Las Vegas, disse em depoimento que enviava propofol por entrega expressa ao apartamento de Santa Monica, depois de Murray dizer-lhe que esse era o endereço do seu consultório na Califórnia.
Murray, na verdade, tinha consultórios só no Texas e em Nevada, mas não na Califórnia, segundo as autoridades.
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