Projeto une ciência e arte para promover música e pintura na Europa
GENEBRA (Reuters) - A Organização Europeia de Pesquisa Nuclear (Cern) anunciou nesta quinta-feira um novo programa que une ciência e arte para promover música e pintura inspiradas pelas maravilhas do cosmos.
O programa vai envolver a organização em projetos culturais que sejam influenciados pela física de partículas que ocupa posição central no trabalho do Cern.
"As artes e a ciência estão inextricavelmente conectadas, pois ambas são formas de explorar nossa existência, o que significa ser humano e qual é o nosso lugar no Universo", disse físico alemão Rolf Heuer, diretor geral do Cern e fã de música clássica.
Mariko Mori, uma conhecida artista japonesa nos campos do vídeo e fotografia, ofereceu uma visão mais lírica das ideias que embasam o programa, que será dirigido por um "Conselho Cultural das Artes" e convidará artistas para períodos de residência no Cern.
"O desafio do Cern, descobrir a verdade de nossa existência por meio de ciência revolucionária, oferece inspiração aos artistas e criadores de todo o mundo", disse Mori, depois de uma recente visita ao centro, que fica na fronteira entre a Suíça e a França.
O Cern lidera os esforços da humanidade para "compreender o que somos", disse Mori, que cria visões de mundos alienígenas por meio de esculturas, pinturas e vídeos.
O "conselho cultural" de cinco integrantes, entre os quais o diretor de uma importante companhia de ópera francesa, o presidente de um museu suíço e um físico do Cern cuja especialidade é a busca da antimatéria, selecionará dois projetos ao ano para que recebam o selo de aprovação da organização.
O centro opera com orçamento severamente controlado pelos 20 países europeus que o bancam e não tem verbas a oferecer para as artes, mas Heuer diz que seu apoio moral facilitará a busca externa de fundos para cada projeto selecionado.
O Cern, cujo Grande Colisor de Hádrons (LHC) tem simulado trilhões de miniversões da explosão que criou o Universo 13,7 bilhões de anos atrás desde seu lançamento em março de 2010, não é novo no mundo das artes.
Físicos do centro formaram uma banda de jazz e uma orquestra e os sons de partículas se chocando dentro do LHC foi convertido em música.
No ano passado, um artista norte-americano foi convidado para usar um prédio de 3 andares no complexo principal do instituto para fazer um mural pop que ilustra o que ele chama de mitologia secular de uma "catedral da ciência". (Robert Evans)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.