Sindicato critica manequins vivos em vitrine em Milão
Por Michel Rose
MILÃO, 18 de julho, 14h01 (Reuters) - Modelos que apareceram de shorts e biquíni na vitrine de uma loja de departamentos do centro de Milão provocaram muitas reações no fim de semana. Os sindicatos italianos denunciaram a novidade, dizendo que equivale a converter o corpo humano em mercadoria.
Os modelos, de ambos os sexos, apareceram pela primeira vez na semana passada nas vitrines da loja de departamentos Coin para promover a liquidação de verão de moda praia, levando a confederação sindical italiana Filcams CGIL a criticar o trabalho, visto como degradante.
"Sejamos claros: não somos contra a liquidação, nem contra a economia de livre mercado ou contra os consumidores. Mas queremos defender a decência dos trabalhadores e a inteligência dos fregueses", disse o sindicato em comunicado.
Os modelos desapareceram das vitrines por pouco tempo, mas voltaram a ser vistos no sábado, desta vez segurando cartazes que diziam "ser modelo também é um emprego".
Para ver fotos dos modelos no site da Coin, clique sobre http://www.coin.it/jsp/it/newsdetail/newsid_611.jsp
"A Coin não tirou os modelos das vitrines - não vimos razão para fazer isso. A promoção vai continuar no sábado e domingo", disse a loja de departamentos em comunicado.
Na segunda-feira os modelos não estavam mais lá, mas o executivo-chefe da Coin, Stefano Beraldi, falando na assembleia geral do grupo em Mestre, perto de Veneza, se congratulou pela publicidade gratuita proporcionada ao grupo pelo sindicato e disse que o grupo proporcionou uma oportunidade de trabalho para jovens.
"Demos trabalho a esses jovens e pagamos os custos deles. Eles preferem trabalhar a ficar ociosos na rua. E daí? O que dizer das pin-ups que lêem as notícias? Ou do Big Brother?", disse Beraldi.
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