Murdoch se nega a dar mais declarações sobre grampos telefônicos
SUN VALLEY, Estados Unidos (Reuters) - Rupert Murdoch se negou nesta quinta-feira a dar mais declarações sobre o escândalo crescente envolvendo grampeamento de telefones por parte de seus jornais britânicos, dizendo que não acrescentará nada a um comunicado que divulgou na véspera.
O bilionário se esforçou para abrir caminho em meio a uma multidão de fotógrafos e jornalistas em sua primeira aparição na área aberta ao público da conferência executiva Allen & Co.
Enquanto um grupo de jornalistas corria em direção a Murdoch e sua mulher, Wendi, o empresário, de 80 anos, ficou com a cabeça abaixada e andou rapidamente em meio à multidão, repetindo apenas que não tinha nada a acrescentar a seu comunicado.
Diferentemente do que fez em conferências anteriores, o executivo-chefe da News Corporation vem mantendo um comportamento discreto desde sua chegada, na terça-feira, para a conferência exclusiva em Sun Valley, no meio dos verdes montes Sawtooth, no Estado norte-americano de Idaho.
O escândalo que está abalando seu império de mídia se aprofundou na quinta-feira, com alegações de que o News of the World, seu jornal mais vendido, teria grampeado os telefones de parentes de soldados britânicos mortos em ação.
No Reino Unido houve chamados para que a News Corporation demita a executiva mais alta de Murdoch no país, Rebekah Brooks, que era editora do News of the World na época do incidente de grampeamento. Murdoch saiu em defesa de Brooks em comunicado divulgado na quarta-feira, mas descreveu as alegações como "deploráveis e inaceitáveis".
(Reportagem de Yinka Adegoke)
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