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Lady Gaga é processada por pulseiras em prol de vítimas no Japão

27/06/2011 17h22

LOS ANGELES (Reuters) - A estrela pop Lady Gaga está sendo processada pela venda de pulseiras em prol de vítimas do terremoto no Japão, em uma ação coletiva que alega que nem todo o dinheiro arrecadado foi revertido às vítimas, como ela prometeu.

A acusação alega também que Gaga e outras firmas envolvidas na venda e marketing das pulseiras vermelhas e brancas "We Pray for Japan" (nós oramos pelo Japão), vendidas por 5 dólares, cobraram demais de compradores pelos custos do envio das pulseiras e "inflaram artificialmente os relatos sobre os totais doados".

"Ao mesmo tempo em que louvamos Lady Gaga por seus esforços filantrópicos, queremos assegurar que as declarações de que 'todo o dinheiro obtido será revertido às vítimas do terremoto no Japão' são de fato verdadeiras," disse Alyson Oliver, advogada da 1800LAWFIRM.

"Nossa intenção com esta ação legal é trazer à tona quaisquer impropriedades cometidas por Lady Gaga e encaminhar às vítimas no Japão o valor total dos donativos supostos."

Lady Gaga, de 25 anos, e seus representantes não retornaram telefonemas pedindo declarações, nesta segunda-feira. A ação coletiva foi registrada no Michigan na sexta-feira, enquanto a cantora de "Born This Way" estava no Japão para um concerto beneficente em prol das vítimas do terremoto e tsunami de março.

Consta que Gaga, cujo nome real é Stefani Germanotta, teria doado cerca de 3 milhões de dólares aos esforços de ajuda às vítimas no Japão, através das vendas das pulseiras e várias outras campanhas.

Mas o site oficial da loja da cantora tem vários comentários de fãs frustrados que se queixam das demoras na entrega das pulseiras e de custos superiores a 5 dólares pelo envio das mesmas.

A ação judicial afirma que várias leis federais de proteção ao consumidor e outras foram infringidas pelo que descreve como a publicidade e os lucros enganosos da venda das pulseiras.

No mês passado, Lady Gaga foi apontada pela revista Forbes como a celebridade mais poderosa do mundo, com base em seus rendimentos, visibilidade na mídia e popularidade na mídia social.

(Reportagem de Jill Serjeant)