Pintora surrealista Leonora Carrington morre aos 94 anos
Por Mica Rosenberg
CIDADE DO MEXICO (Reuters) - A pintora britânica Leonora Carrington, uma das poucas sobreviventes da era de ouro do surrealismo, morreu aos 94 anos na Cidade do México, país que adotou e onde viveu por décadas.
O conselho nacional de arte do México disse que Carrington morreu na quarta-feira à noite na capital mexicana. A imprensa local informou que ela morreu de pneumonia.
De grande beleza enquanto jovem, ela ficou famosa pelas pinturas de mulheres e animais míticos. Carrington foi adotada pelos surrealistas no final dos anos 1930, quando ela teve um caso com o artista alemão Max Ernst.
Uma aristocrata rebelde, ela conseguiu reconhecimento internacional como escultora, pintora e escritora.
Ela foi para a Cidade do México em 1942 e viveu lá até a sua morte em uma casa no bairro de Roma. Ainda que o seu trabalho fosse vendido por centenas de milhares de dólares ao redor do mundo, ela raramente deixou o México por medo de avião.
Nascida em Lancashire, no norte da Inglaterra, filha de um magnata do setor têxtil, Carrington passou a infância em uma mansão Vitoriana em estilo gótico, mas ela logo rejeitou as restrições de uma vida governada por tutores e babás.
Ela conheceu Ernst em Londres aos 19 anos e ficou encantada com o pintor famoso, que tinha 26 anos a mais do que ela. O casal, então, foi para a França contra a vontade do seu pai autoritário.
Com Ernst, Carrington encontrou outros surrealistas como Salvador Dali, Luis Bunuel e Andre Breton, enquanto estudava pintura figurativa e ganhava a reputação de ser uma jovem selvagem.
"Suponho que acredito em anarquia pacífica", disse a artista em entrevista à Reuters em 2007.
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