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"Choupo" de Monet pode ser arrematado por US$25 mi em leilão

25/03/2011 13h27

Por Chris Michaud

NOVA YORK (Reuters Life!) - Uma obra-prima de Monet da célebre série "Peupliers" ("Choupos") do artista será posta em leilão pela Christie's em maio, com a expectativa de ser vendida por até 30 milhões de dólares, anunciou a casa de leilões nesta sexta-feira.

"Les Peupliers", a maior das famosas telas de Monet que retratam choupos, executada durante os anos que o pintor passou em Giverny, será posto à venda por um colecionador asiático que a adquiriu em um leilão em 2000 por pouco mais de 7 milhões de dólares.

Após uma queda grande em seguida à crise financeira que atingiu o mundo no final de 2008, o mercado de arte voltou a crescer no ano passado, com obras superando o marco de 100 milhões de dólares, recordes de artistas quebrados e as casas de leilão voltando a lucrar.

Conor Jordan, diretor de arte impressionista e moderna da Christie's, disse que "é a primeira vez em mais de uma década que uma tela importante da série dos anos 1890 chega a um leilão".

"Prevemos grande entusiasmo de muitos colecionadores, marchands e diretores de museus que estão ansiosos por uma cena de Monet que mostra a quintessência de sua arte, como esta."

Os preços das maiores obras de Monet vêm subindo muito nas temporadas recentes, segundo a Christie's. A oferta cada vez menor de obras-primas, a recuperação dos mercados, que liberou liquidez, e a confiança crescente nas belas-artes como investimento, tudo isso vem aquecendo o mercado cada vez mais.

O recorde fixado para um trabalho de Monet em um leilão foi 80,4 milhões de dólares, valor pago em maio de 2008 por "Le Bassin aux Nympheas", da renomada série Ninféias, do artista.

A maioria das 24 telas da série "Peupliers" está em grandes museus de arte do mundo, incluindo a Tate Gallery de Londres, o Museu de Arte de Filadélfia e o Museu Nacional de Arte de Tóquio.

"Les Peupliers" será vendido em Nova York em 4 de maio, depois de ser exposto em Moscou e Londres em abril.

Monet pintou a tela no verão de 1891, depois de fechar um acordo com um lenhador para não derrubar um bosque de choupos na margem do rio perto de sua casa enquanto ele não tivesse conseguido terminar de pintá-los.