Advogados do caso Amanda Knox querem que filme seja cancelado
ROMA (Reuters Life!) - Advogados da estudante americana Amanda Knox, que cumpre pena de prisão na Itália pelo assassinato de uma britânica com quem dividia um apartamento, e da família da vítima querem suspender um filme sobre o julgamento, que já chegou à fase dos recursos.
Os advogados de Knox e da família de Meredith Kercher disseram ter solicitado formalmente, em cartas separadas enviadas na semana passada à rede de TV norte-americana Lifetime, que o filme seja cancelado. Se isso não acontecer, ameaçaram com medidas legais.
"Amanda Knox: Murder on trial in Italy," com Hayden Panetierre no papel de Knox, está previsto para ir ao ar em 21 de fevereiro.
Francesco Maresca, advogado que representa a família de Kercher, disse à Reuters: "Ter um filme tão pouco tempo depois, sobre uma morte tão violenta e com a memória desta tragédia ainda tão fresca na mente da família, parece totalmente inapropriado e injustificado."
A Lifetime disse na segunda-feira que não tem declarações a dar sobre os pedidos enviados pelos advogados.
Meredith Kercher, 21 anos, foi encontrada seminua e com a garganta cortada no apartamento que dividia com Amanda Knox na cidade universitária de Perugia, em 2 de novembro de 2007.
Knox, agora com 23 anos, e seu ex-namorado italiano Raffaele Sollecito foram sentenciados a 26 e 25 anos de prisão, respectivamente. Os promotores disseram que o crime foi fruto de um jogo sexual extremo que degenerou em violência.
O julgamento da apelação está em curso, e, atendendo ao pedido dos advogados de Knox e Sollecito, o tribunal de Perugia ordenou que as provas de DNA apresentadas no caso sejam reexaminadas.
Os produtores do filme disseram no mês passado que não entraram em contato com as famílias de Knox ou Sollecito. Em lugar disso, trabalharam a partir dos documentos detalhados do tribunal italiano e de relatos da mídia sobre o caso. Eles disseram que tomaram o cuidado de contar a história com imparcialidade.
(Reportagem de Silvia Aloisi)
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