Músico de jazz Billy Taylor morre aos 89 anos em Nova York
NOVA YORK (Reuters) - Billy Taylor, influente jazzista e compositor que introduziu o gênero a um novo público como apresentador de TV, professor e descobridor de talentos, morreu na terça-feira em Nova York de insuficiência cardíaca aos 89 anos.
A entidade cultural e artística Kennedy Center, em Washington, dirigida por Taylor desde 1994, descreveu o músico como "um grande homem de estado e embaixador do jazz em todo o mundo."
"Somos gratos à devoção, amizade e influência no jazz do doutor Taylor", disse em comunicado o vice-presidente de educação e jazz no Kennedy Center, Darrell Ayers.
Representantes de Taylor disseram que sua filha, Kim Taylor-Thompson, informou sobre a causa de morte.
Taylor nasceu em Greenville, na Carolina do Norte, em 1921, e se mudou para Nova York, onde tocou jazz com grandes nomes, como Ben Webster, Miles Davis, Charlie Parker, Billie Holiday e Ella Fitzgerald, entre outros.
Ele começou a tocar profissionalmente em 1944 e, como líder de seu trio, Taylor compôs mais de 300 músicas e acompanhou figuras legendárias, como Charles Mingus.
Sua música "I Wish I Knew How It Would Feel to Be Free" se tornou um hino do movimento de direitos civis dos Estados Unidos. Mas Taylor se tornou famoso menos como instrumentista do que como um dos mais destacados defensores do jazz.
Na TV e no rádio, Taylor criou programas de jazz, apresentou músicos e divulgou a música por todos os Estados Unidos.
Ele também ensinou jazz das mais diversas formas, incluindo programas comunitários e seminários nas Universidades de Yale e de Massachusetts-Amherst, onde fez seu doutorado.
Em sua carreira, Taylor ganhou a Medalha Nacional das Artes, recebeu o título de Mestre de Jazz pelo Fundo Nacional das Artes e 20 títulos honorários.
Taylor morava em Riverdale, New York, e deixa sua mulher, Theodora, e uma filha. Seu filho, Duane, morreu em 1988.
(Por Basil Katz)
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