Adolescentes que comem menos sal viram adultos mais sadios
Por Debra Sherman
CHICAGO (Reuters) - A redução de 3 gramas no consumo diário de sal na adolescência reduz significativamente o risco de doenças cardíacas e derrames na idade adulta, disseram pesquisadores no domingo.
Com a ajuda de computadores, os cientistas projetaram que a redução de 3 gramas no consumo diário de sódio por adolescentes pode reduzir a hipertensão em 30 a 43 por cento posteriormente.
A hipertensão é uma doença comum, que pode passar anos sem causar sintomas, mas acaba acarretando problemas graves, inclusive infartos e derrames.
Adolescentes que consomem menos sal também têm outros benefícios quando chegam aos 50 anos: redução de 7 a 12 por cento nas doenças coronarianas, de 8 a 15 por cento na incidência de ataques cardíacos, e de 5 a 8 por cento na incidência de derrames, segundo dados apresentados na semana passada numa reunião da Associação Americana do Coração, em Chicago.
A entidade recomenda que o consumo diário de sódio seja limitado a 1,5 grama. Os adolescentes norte-americanos consomem em média 3,8 gramas - mais do que qualquer outra faixa etária.
Alimentos industrializados costumam conter muito sódio. Um saco de Doritos de queijo, por exemplo, tem 0,31 grama. A pizza é um dos piores vilões para o consumo excessivo de sal entre adolescentes, segundo o Centro Nacional de Estatísticas da Saúde.
"O benefício adicional de um menor consumo de sal prematuramente é que podemos, assim esperamos, alterar as expectativas sobre que sabor os alimentos deveriam ter, idealmente para algo ligeiramente menos salgado", disse Kirsten Bibbins-Domingo, principal autora do estudo e professora-associada de Medicina e Epidemiologia da Universidade da Califórnia, em San Francisco.
"A maior parte do sal que comemos não vem do nosso saleiro, mas é sal já incorporado à comida que comemos", acrescentou.
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