Tom Selleck fala sobre novo seriado "Blue Bloods"
Por Jill Jacobs
NOVA YORK, 23 de setembro (Reuters Life!) - Com uma carreira de quatro décadas em Hollywood, Tom Selleck já encantou plateias com muitos papéis diversos, que agora incluem um chefe de polÃcia em Nova York, no novo seriado de TV "Blue Bloods."
O ator premiado com o Emmy talvez seja mais conhecido pelo papel principal do seriado "Magnum P.I.", dos anos 1980. Mas já atuou também no seriado "Friends" e no sucesso de 1987 "Três Solteirões e Um Bebê."
Selleck divide seu tempo entre sua fazenda de abacates no sul da Califórnia e Nova York, onde se passa a história de "Blue Bloods", que trata de uma famÃlia de várias gerações de policiais, com estreia marcada para sexta-feira.
Ele conversou com a Reuters sobre o papel do comissário de polÃcia Frank Ryan, o elenco do seriado e por que construir uma cadeira é algo que o agrada.
P: Os seriados policiais vão e vêm. De que maneira "Blue Bloods" vai se destacar?
R: Além do aspecto dos procedimentos policiais, teremos esse aspecto de uma famÃlia de três gerações de policiais de origem irlandesa. E nem sempre se vê um seriado que funde drama familiar com drama policial.
P: Como você se preparou para o papel?
R: Já representei policiais no passado, então pude me basear nessa experiência. E Frank Regan é também um pai. Embora eu não tenha me baseado na figura de meu próprio pai, Frank é um bom pai, e eu penso em meu pai e nas escolhas que ele teria feito.
P: "Blue Bloods" tem um elenco grande, com atores como Bridget Moynahan, Len Cariou, Will Estes e Donnie Wahlberg. Qual é a sensação de estar novamente trabalhando com um elenco grande?
R: Esse tipo de trabalho em um seriado de TV é algo único para a experiência do ator. Os personagens crescem e mudam, os roteiristas escrevem semanalmente, e, quando você tem atores suficientemente bons para encarar esse tipo de evolução, esse é meu tipo favorito de TV. Na maioria dos nossos episódios, por volta do terceiro ato a famÃlia está à mesa do almoço de domingo. Fico sentado na cabeceira dessa mesa, maravilhado com esse grupo incrÃvel de atores.
P: Nova York tem um papel de destaque - quase como se fosse outro personagem.
R: Quando vi o roteiro pela primeira vez, desses roteiristas incrÃveis Mitchell Burgess e Robin Green ("The Sopranos"), senti que Nova York poderia ser um personagem central; as ruas, os bairros, coisas que não vemos com frequência em séries de TV.
P: Se você não fosse ator, seria...
R: Marceneiro ou fabricante de móveis. A experiência do ator é quase uma abstração, e é algo que pode deixar você maluco. Se você é marceneiro e constrói uma cadeira, você pode sentar-se nela. Eu gostaria dessa mudança.
O bom de ser ator é que todas as coisas que eu quis ser quando era criança - caubói, jogador de beisebol profissional, bombeiro, policial - eu pude fazer por algum tempo como ator. Algum dia eu vou parar de atuar, ou por escolha minha ou porque o telefone vai parar de tocar. A primeira coisa que farei é montar minha oficina de marcenaria.
P: Existe algum fundamento nos rumores sobre um filme "Magnum" ou uma sequência de "Três Solteirões e Um Bebê?"
R: Não me telefonaram, pediram meu conselho ou perguntaram se eu estava disponÃvel para "Magnum", portanto não tenho certeza. Há um roteiro sendo desenvolvido para uma sequência de "Três Solteirões e Um Bebê" em que o bebê já cresceu. O critério para meu envolvimento ou o de Ted Danson e Steve Guttenberg seria que fosse escrita uma história boa. Não vamos querer roubar o brilho de um filme que foi tão bom para nós.