Lehman Brothers pode levantar US$ 10 mi em leilão de arte moderna
NOVA YORK - O grupo financeiro falido Lehman Brothers vai vender parte de sua coleção de arte, incluindo obras de Gerhard Richter e Maya Lin, na esperança de devolver milhões de dólares a seus credores.
A despeito do mercado de arte moderna pouco aquecido, a casa Sotheby's estima que o leilão de 160 obras a ser realizado em Nova York no sábado renda US$ 10 milhões. A receita obtida com o leilão será usada para pagar credores aos quais o Lehman deve centenas de bilhões, após sua falência de 2008, a maior já vista nos Estados Unidos.
Muitas das obras a serem leiloadas foram adquiridas pela empresa de administração de patrimônio Neuberger Berman, comprada pelo Lehman em 2003. A Neuberger ressurgiu em 2009 como administradora independente de ativos.
Vários compradores já teriam expressado interesse pelo leilão, entre eles alguns colecionadores estrangeiros e alguns ex-executivos da Neuberger.
A Sotheby's focou os artistas mais importantes da coleção, especialmente aqueles cujos trabalhos vêm mostrando ser mais resistentes à queda dos preços no mercado de arte verificada desde que a recessão começou, em 2007.
Damien Hirst
O trabalho mais importante a ser oferecido é "We've Got Style (The Vessel Collection - Blue/Green)", de Damien Hirst, uma série de três armários com objetos de cerâmica que a Sotheby's estima que poderá ser arrematada por entre US$ 800 mil e US$ 1,2 milhão.
Uma tela de Julie Mehretu, de que o Goldman Sachs encomendou um mural para a nova sede do banco em Lower Manhattan, tem preço estimado em entre US$ 600 mil e US$ 800 mil.
Outros artistas de destaque que terão obras leiloadas incluem Andy Warhol, John Baldessari, Richard Prince e Robert Rauschenberg.
O dinheiro arrecadado no leilão será apenas uma fração do que os credores do banco de investimentos estão tentando recuperar.
Quando o Lehman deu entrada em seu pedido de falência, apresentou uma lista de ativos no valor de US$ 639 bilhões. Em abril o grupo apresentou uma primeira versão de seu plano para encerrar sua reorganização e pagar seus credores, estimando que seus ativos recuperáveis chegavam a US$ 50 bilhões.
Pelo plano, os credores sem seguro receberão entre 15 e 27% do que lhes é devido, enquanto alguns credores receberão o valor integral (por Phil Wahba).
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