Topo

Festival de Toronto chega à metade revelando candidatos ao Oscar

14/09/2010 21h51

Por Cameron French

TORONTO (Reuters) - O Festival de Cinema de Toronto ainda não revelou sua joia oculta deste ano, como já fez com "Quem Quer Ser Um Milionário?", mas chega à metade apresentando potenciais candidatos ao Oscar de 2011 - como o rei gago de Colin Firth, a sombria bailarina de Natalie Portman e um drama explícito de sobrevivência dirigido por Danny Boyle.

Num ano com poucos sucessos de crítica, observadores do setor ficam atentos à safra de outono - apresentada nas últimas duas semanas nos festivais de Veneza, Toronto e Telluride.

Os distribuidores adoram o evento de Toronto porque serve de teste para grandes plateias, às vezes impulsionando um filme que tenha escapado aos radares da crítica em outros festivais.

"Acho Toronto um ótimo lugar para lançar. Já lancei muitos filmes aqui ao longo dos anos, e alguns deles acabaram sendo recompensados", disse à Reuters o ator Kevin Spacey, que foi promover "Casino Jack".

"Cisne Negro", de Darren Aronofsky já havia chamado a atenção da crítica em Veneza. Tanto lá quanto aqui, Portman foi apontada por candidata ao Oscar de melhor atriz.

Entre as estreias em Toronto, "The King's Speech", com Colin Firth no papel de George 6o e Geoffrey Rush como seu fonoaudiólogo, esteve entre as mais comentadas.

"Esse filme tem as indicações de melhor filme e melhor ator estampadas nele", disse o blog Risky Business, da publicação Hollywood Reporter. "E talvez de melhor roteiro, melhor diretor (Tom Hooper) e melhor ator coadjuvante também."

Há expectativa de prêmios também para "127 Hours", com James Franco no papel do alpinista Aron Ralston. Uma cena explícita de amputação, inspirada num acidente real de 2003, teria levado alguns na plateia a desmaiarem, e fez de Franco um candidato ao Oscar. A direção é de Danny Boyle, cujo modesto "Quem Quer Ser Um Milionário?" conquistou a plateia de Toronto em 2008 acabou levando o Oscar de melhor filme.

Clint Eastwood foi recebido com aclamação e desdém por seu "Hereafter", exibido sem o habitual aparato midiático que cerca as grandes estreias - nada de entrevista coletiva, perguntas da plateia ou pose para fotos.

As primeiras resenhas para esse drama sobrenatural foram contraditórias, mas o sucesso de Eastwood em premiações - com filmes como "Sobre Meninos e Lobos", "Menina de Ouro" e "Cartas de Iwo Jima" - não pode ser desprezado.