Protestos podem levar Blair a cancelar autógrafo de livro
LONDRES (Reuters) - O ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair declarou nesta segunda-feira que está pensando em cancelar uma sessão de autógrafos de seu livro de memórias, marcada para esta semana, em Londres, por causa do receio de que possa ser prejudicada por protestos.
No sábado, três pessoas foram presas em Dublin, capital da Irlanda, depois que cerca de 200 manifestantes entraram em choque com a polícia. Vários atiraram ovos e sapatos contra Blair no momento em que chegava a uma livraria para autografar exemplares de seu livro, "A Jornada".
Não houve relatos sobre feridos e os objetos não chegaram a atingir Blair.
Ativistas pacifistas e o ultradireitista Partido Nacional Britânico anunciaram que na quarta-feira realizarão um protesto diante da loja da rede de livrarias Waterstone, em Piccadilly, no centro de Londres, pela decisão de Blair de aderir à invasão do Iraque, liderada pelos Estados Unidos em março de 2003.
"Não quero que o público se veja submetido a incômodos e a polícia a um grande custo pelo que, afinal de contas, é uma sessão de autógrafo de livros", disse Blair, de 57 anos, à Sky News.
"Creio que é triste não se poder autografar um livro sem que haja gente que tente impedir isso fisicamente, Como vimos em Dublin, havia centenas (de pessoas) a mais que queriam vir e ter seu livro autografado do que as que queriam provocar protestos", acrescentou.
Está previsto o reforço de segurança para a ida de Blair à loja em Picadilly. A Waterstone informou que revistará todas as bolsas e celulares.
(Reportagem de Michael Holden)
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