Suécia reabre caso de estupro contra fundador do WikiLeaks


ESTOCOLOMO (Reuters) - A promotora-chefe da Suécia disse nesta quarta-feira que estava reabrindo uma investigação preliminar sobre acusações de estupro contra o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, que, segundo uma autoridade do Judiciário, foram retiradas duas semanas atrás.

Nem Assange, que negou as acusações, nem seu advogado estavam imediatamente disponíveis para comentar a questão.

O WikiLeaks publicou mais de 70 mil arquivos militares secretos sobre o Afeganistão em julho. Segundo autoridades norte-americanas, essa teria sido uma das maiores violações de segurança na história militar dos EUA.

Assange declarou que foi alertado pelo serviço australiano de inteligência que enfrentaria uma campanha para destruir sua reputação depois do vazamento dos documentos.

A promotora-chefe Marianne Ny disse que a decisão de reabrir a investigação foi tomada depois de revisar o caso.

"Existem motivos para acreditar que o crime foi cometido. Considerando informações disponíveis até o momento, minha opinião é de que a classificação do crime seja estupro", disse Ny em comunicado no site da promotoria.

Alegações de estupro e agressão sexual foram feitas contra Assange, um cidadão australiano, há duas semanas.

O WikiLeaks diz ser uma organização não-lucrativa fundada por defensores dos direitos humanos, jornalistas e o público em geral, que promove o vazamento de informações para combater a corrupção do governo e nas corporações,

(Reportagem de Niklas Pollard e Simon Johnson)

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