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À procura do amor verdadeiro? Vá com calma, diz estudo

20/08/2010 19h24

Por Zachary Goelman

NOVA YORK (Reuters Life!) - Os casais que se conhecem bem antes de ganharem intimidade têm mais chance de estabelecerem uma relação duradoura, mas em alguns casos uma "ficada" também pode levar ao amor verdadeiro, segundo uma nova pesquisa.

No estudo, que envolveu 642 adultos, 56 por cento disseram que só fizeram sexo quando o relacionamento já estava firme. A maioria dessas pessoas afirmava ter um relacionamento de alta qualidade.

Os resultados não eram tão satisfatórios para os 27 por cento que disseram ter feito sexo após encontros casuais, e os 17 por cento que chegaram a esse grau de intimidade em relacionamentos não-românticos.

"Há algo nas características das pessoas que esperam para fazer sexo que está ligado a relacionamentos de mais alta qualidade", disse o professor de sociologia Anthony Paik, da Universidade de Iowa.

Paik, que publicou os resultados na revista Social Science Research, disse que seu estudo sugere que a paquera funciona como um mecanismo de seleção.

"O debate é 'Por que não podemos fazer sexo agora?'. A expectativa é de que o sexo deveria ocorrer muito rapidamente. Mas, ao fazer isso, você está perdendo alguma informação que poderia ser útil", explicou ele numa entrevista.

É uma equação quase econômica, acrescentou. "Na média, quanto mais custoso o processo que leva ao relacionamento, mais propensão a funcionar ele tem."

Mas ele ressalta que nada indica que uma relação sexual logo no começo cause um impacto negativo sobre os relacionamentos. "É possível dois estranhos se olharem num bar, irem para casa juntos, e realmente acabarem num relacionamento de longo prazo", disse Paik.

Segundo ele, a razão para que mais pessoas se queixarem de relacionamentos insatisfatórios após o sexo em contextos não-românticos tem mais a ver com quem somos, e menos com o momento em que escolhemos fazer sexo.

Certas pessoas simplesmente estão propensas a acharem os relacionamentos menos recompensadores, e estas têm maior propensão a fazerem sexo em relacionamentos casuais, acrescentou o pesquisador.