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Um em cada 10 trabalhadores sofre assédio no trabalho--pesquisa

12/08/2010 14h13

SYDNEY, 12 de agosto (Reuters Life!) - O assédio sexual está alcançando níveis perigosos no local de trabalho, constatou uma pesquisa mundial da Reuters/Ipsos. A sondagem revela que um em cada dez trabalhadores foi sexualmente importunado por um funcionário em cargo superior ao seu.

A pesquisa, envolvendo cerca de 12 mil pessoas em 24 países, constatou que trabalhadores na Índia são os mais propensos a informar ter sido incomodados por assédio sexual, com um total de 26 por cento.

Em seguida estão os trabalhadores da China, com 18 por cento que reportaram assédio; da Arábia Saudita, 16 por cento; México, 13 por cento; e África do Sul, 10 por cento.

Na Itália, 9 por cento disseram ter sido assediados sexualmente no trabalho, enquanto no Brasil, Rússia, Coreia do Sul e Estados Unidos 8 por cento disseram ter sofrido assédio no local de trabalho.

A pesquisa foi feita num momento em que especialistas alertam para o fato de que o assédio sexual parece estar aumentando nos locais de trabalho, tendo sido registrados vários casos em altos cargos de importantes empresas.

O CEO da Hewlett-Packard, Mark Hurd, renunciou na semana passada em meio a investigações de assédio sexual e o ex-CEO da rede australiana David Jones, Mark McInnes, deixou o cargo em junho depois de admitir "comportamento impróprio" com uma mulher de sua equipe.

Na pesquisa, os trabalhadores com menor probabilidade de assédio sexual no ambiente de trabalho foram os da Suécia e da França, onde apenas 3 por cento reportaram tais incidentes.

Wright disse que a sondagem constatou que os trabalhadores com menos de 35 anos são os que mais frequentemente reportam assédio sexual no local de trabalho.

A sondagem mostrou também que sete por cento dos empregados foram intencionalmente alvo de agressão física por um colega ou chefe durante o trabalho.

A Índia novamente está no topo: 25 por cento dos trabalhadores informaram tal agressão.