"Beijo na Boca, Não", de Alain Resnais, chega ao cinema depois de 5 anos
SÃO PAULO (Reuters) - Conhecido por dramas como "Hiroshima Meu Amor" (1959), "O Ano Passado em Marienbad" (1961) e o recente "Medos Privados em Lugares Públicos" (2006), que está há um ano e meio em cartaz em São Paulo, o veterano diretor francês Alain Resnais, 86 anos, reserva também um lugar para os musicais na sua extensa filmografia - que já atinge 48 títulos.
Um desses musicais está estreando esta semana em São Paulo, "Beijo na Boca, Não", uma produção que, apesar de ter sido lançada na França em 2003, só agora chega às telas brasileiras.
Parte do elenco deste musical, o segundo da carreira de Resnais - o primeiro foi "Amores Parisienses" (1998) - é o mesmo, aliás, de "Medos Privados em Lugares Públicos".
É o caso da protagonista, Sabine Azéma, que interpreta a rica madame Gilberte Valandray. Casada com Georges (Pierre Arditi), ela vive confortavelmente numa bela casa, entre festas e jantares e também alimentando flertes inconsequentes. Ela adora despertar paixões sem compromisso, como faz com o maduro Daniel Faradel (Daniel Prévost) e o jovem Charley (Jalil Lespert).
Baseado numa opereta de 1925, com libreto de André Barde, o filme mantém uma estrutura de comédia de erros. Assim, uma jovem frequentadora da casa dos Valandray, Huguette (Audrey Tautou, de "O Fabuloso Destino de Amélie Poulain"), está apaixonada por Charley, sem saber que ele deseja Gilberte.
Querendo sondar o rapaz, Huguette encarrega a irmã de Gilberte, Arlette (Isabelle Nanty), de saber de seu interesse em casar com alguém que o ama - no caso, ela mesma. Fica combinado entre as duas que ele não saberá antes da hora o nome da pretendente.
A situação se complica para Gilberte quando chega da América Eric Thomson (Lambert Wilson), rico empresário que vem assinar um contrato com Georges e que foi o primeiro marido de Gilberte. Acontece que Georges ignora completamente que não foi o primeiro homem na vida de sua mulher e isso poderá até destruir seu casamento.
Desesperada, Gilberte intercede junto à sua irmã para que convença Thomson a não revelar a verdade a Georges. A princípio disposto a manter silêncio, o americano parece redescobrir a paixão pela ex-mulher, o que dá oportunidade a várias outras confusões.
Em 2004, o filme venceu três César, o prêmio máximo da França - melhor figurino, som e ator coadjuvante para Darry Cowl que, aliás, faz um engraçado papel feminino como uma zeladora, madame Foin.
(Por Neusa Barbosa, do Cineweb)
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