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Carioca nega apoiar Bolsonaro e esclarece aparição no Alvorada: Ideia minha

Carioca participou de programa da Jovem Pan - Reprodução/Instagram
Carioca participou de programa da Jovem Pan Imagem: Reprodução/Instagram

Colaboração para o UOL, em São Paulo

25/08/2020 13h59

O humorista Márvio Lúcio, o Carioca, relembrou a polêmica imitação que fez em março do presidente Jair Bolsonaro, em frente ao Palácio da Alvorada, em Brasília, para divulgar um programa que seria exibido na TV Record. Carioca negou que tenha sido convidado pelo presidente.

"Foi uma ação minha, não fui convidado, precisava estrear e fui atrás do meu objetivo. Quando vi o cercadinho, pensei que era uma oportunidade única. O humorista está ali para causar o bom e o mau humor, tanto faz. Quem deu a banana para os jornalistas (anteriormente) foi o Bolsonaro, eu estava interpretando. Sabia o efeito que isso iria criar, mas meu papel é esse. Trabalho com isso há 25 anos e estou acostumado a lidar, saber que a piada vai ter a reação das pessoas, mas isso pouco me importa", disse à Rádio Jovem Pan.

Na ocasião, Bolsonaro usou o humorista para que ele respondesse perguntas de jornalistas sobre o PIB (Produto Interno Bruto). Naquele dia (4 de março), o IBGE divulgou que a economia brasileira cresceu 1,1%.

Carioca acrescentou que não é apoiador do presidente e disse que o humor não deve ter lado.

"Tenho minhas táticas para fazer humor, uma delas é o inusitado, o surpreendente. O mau humor é uma forma de humor. Quando você tem uma sacada para fazer uma brincadeira, você não pode ter lado, eu não tenho lado, o humor não tem lado. Não faço humor a favor, apenas encontrei uma oportunidade, porque fazer humor do contra está batido, está todo mundo fazendo [...] Não sou a favor do Bolsonaro, ele é um cara que aceita todas as piadas", ressaltou.

Marcelo Tas x Adnet

Questionado sobre a pergunta de Marcelo Tas para Marcelo Adnet no programa 'Roda Viva', de que humoristas não deviam se posicionar politicamente, Carioca disse que não vê fundamento nesse tipo de discussão.

"Estou sempre do lado das pessoas, não importa do fato, se é direita ou esquerda, pouco me importa, não tenho lado para fazer humor [...] Não sei porque as pessoas estão discutindo uma coisa que não era para ser discutida. O humor não tem que ter esse encapsulamento, não tem que ter questionário. Eu faço humor para o público", finalizou.