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Festival de cinema de Berlim extingue premiações com distinção de gênero

Edição de 2021 da Berninale não contará com os prêmios de "Melhor Atriz" e "Melhor Ator" - Fabrizio/Bensch/Reuters
Edição de 2021 da Berninale não contará com os prêmios de "Melhor Atriz" e "Melhor Ator" Imagem: Fabrizio/Bensch/Reuters

Do UOL, em São Paulo

24/08/2020 12h20

A partir de 2021, o Festival Internacional de Cinema de Berlim, também conhecido como Berlinale, não terá prêmios de atuação divididos por categorias de gênero, anunciou hoje a direção do evento em comunicado.

A edição do ano que vem, programada para ocorrer entre os dias 11 e 21 de fevereiro, não contará com os "Ursos de Prata" de "Melhor Atriz" e "Melhor Ator". Em seus lugares, entram as honrarias de "Melhor Performance Principal" e "Melhor Performance Coadjuvante".

"Acreditamos que não separar os prêmios na área de atuação por gênero é um sinal para uma consciência mais sensível ao gênero na indústria cinematográfica". Mariette Rissenbeek e Carlo Chatrian, diretores da Berlinale, em comunicado conjunto.

Na edição de 2020 do festival, a última a contar com prêmios de gênero, a atriz alemã Paula Beer, que interpretou Undine no filme homônimo, e o ator italiano Elio Germano, que deu vida ao pintor Antonio Ligabue na biografia "Hidden Away", levaram os "Ursos de Prata".

Festival com público

Na mesma nota, a direção do Berlinale anunciou que a edição de 2021 do festival está sendo planejada para ser um evento físico. Já o EFM (Mercado do Filme Europeu, na sigla em português), que ocorre simultaneamente ao evento principal, terá um formato híbrido.

Em tom otimista, Rissenbeek e Chatrian disseram estar "satisfeitos que festivais com público fisicamente presente estejam ocorrendo lentamente de novo em todo o mundo".

"Os festivais e os mercados são locais de encontro e comunicação. Isso se aplica tanto ao público quanto à indústria. Vemos uma característica importante e única dos festivais em sua relação dinâmica com o público. Em tempos de pandemia do coronavírus, fica ainda mais claro que ainda precisamos de espaços de experiência analógica no âmbito cultural".