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Russell Crowe fez promessa para mãe de Paul Giamatti em seu leito de morte

Russell Crowe e Paul Giamatti em cena de "A Luta pela Liberdade" - Reprodução
Russell Crowe e Paul Giamatti em cena de "A Luta pela Liberdade" Imagem: Reprodução

Colaboração para o UOL, em São Paulo

27/07/2020 20h49

Russell Crowe fez uma promessa para a mãe do ator Paul Giamatti, que estava em seu leito de morte na época das gravações de "A Luta Pela Esperança", de 2005.

O ator vencedor do Oscar por "Gladiador" (2000) deu uma entrevista para a revista GQ americana onde revelou que pediu ao estúdio que fizesse campanha para que seu colega de cena fosse indicado ao Oscar em seu lugar durante a temporada de prêmios.

Ele relembrou quando trabalhou ao lado de Al Pacino no filme "O Informante", de 1999. Segundo contou à publicação, o veterano disse ao estúdio para "apoiar a criança" nas campanhas da chamada "temporada dourada", que inclui o Globo de Ouro, SAG e Oscar. Com isso, Crowe ganhou sua primeira indicação para Melhor Ator.

Então, ele decidiu fazer o mesmo pelo amigo. "A mãe de Paul Giamatti morreu durante as filmagens, e eu prometi a ela por telefone que Paul era um ator tão incrível que ele seria indicado", disse o ator neozelandês. "E o estúdio me perguntou o que eu queria fazer e eu disse: 'Apoie a criança'. E Paul Giamatti recebeu uma indicação ao Oscar", relembrou.

Preterido por Sean Penn

Mais adiante, Crowe revelou que achou que seria substituído por Sean Penn no filme "Los Angeles: Cidade Proibida" (1997). O filme recebeu 9 indicações ao Oscar e foi um dos primeiros sucessos de bilheteria do ator.

"Fui levado de avião e alojado em um hotel durante o tempo que deveríamos ensaiar", disse ele. "E alguns amigos meus no meio (cinematográfico) estavam me dizendo que Sean Penn estaria fazendo meu papel", riu.

Ele prosseguiu: "Em um momento, eles pararam de pagar minha conta de hotel e aluguel de carros, pararam de me fornecer diárias. Então ficou bem pesado. Eu senti tudo o que estava acontecendo ao meu redor, e a única coisa que eu tinha era a garantia do diretor de que ele havia feito sua escolha", frisou.

"Então, eu continuava aparecendo para o trabalho. Eu acho que se houvesse um dia em eu me frustrasse e não aparecesse para trabalhar, teria sido a 'fenda na armadura' que eles usariam para me deixar fora do papel", destacou.