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Quem é Gina Prince-Bythewood, diretora de 'The Old Guard'

Gina Prince-Bythewood entre as atrizes Kiki Layne e Charlize Theron nos bastidores de 'The Old Guard' Imagem: Divulgação

Beatriz Amendola

Do UOL, em São Paulo

22/07/2020 04h00

Não faz nem duas semanas que "The Old Guard" estreou, mas o filme já conquistou lugar entre as dez produções originais mais assistidas da plataforma. E com outro marco bem importante: sua diretora, Gina Prince Bythewood, é a primeira mulher negra a aparecer na lista.

Há pouco tempo, a cineasta nem achava que seria convidada a dirigir um filme cheio de ação como "The Old Guard", como revelou ao UOL em uma conversa antes da estreia do longa.

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Eu amo filmes de ação, mas não sabia se ia dirigir uma devido à forma como Hollywood opera. Mas, nestes últimos anos, depois de 'Mulher-Maravilha', as portas se abriram um pouquinho e, nessa fresta, eu recebi esse roteiro incrível.

Gina se tornou conhecida em 2000, quando escreveu e dirigiu o filme "Além dos Limites" —pelo qual ganhou até um Independent Spirit Award na categoria melhor roteiro de estreia. Nos anos seguintes, ela continuou sendo elogiada por trabalhos como "A Vida Secreta das Abelhas" (2008) e "Nos Bastidores da Fama" (2014), todos dramas.

Imagem: Divulgação

Quando surgiu a oportunidade de dirigir "The Old Guard", adaptação da HQ de Greg Ruck e Leandro Fernandez, a cineasta se apaixonou pela história do grupo de guerreiros imortais e também pelo fato de ter duas mulheres ao centro: Andy (Charlize Theron) e Nile (Kiki Layne).

Eu amo que há duas mulheres no foco desse enorme drama de ação, e que uma delas era uma mulher não branca. A personagem de Kiki é algo que nunca acontece em Hollywood, e eu realmente queria abraçar isso.

Imagem: Divulgação/Netflix

Outra coisa que Gina abraçou? O desafio de filmar as sequências de ação. Em "The Old Guard", elas foram coordenadas por Danny Hernandez, que trabalhou em filmes como "John Wick" e "Logan".

"Foi a minha primeira vez trabalhando com algo tão grande, mas comecei fazendo o que mais amo nas cenas de ação", conta. "As minhas preferidas são aquelas guiadas pelos personagens, que têm uma história com começo, meio e fim. Então, quando comecei com isso, fiquei mais confortável."

Foi divertido criar cenas de ação com a minha própria 'vibe'.

Mais mulheres no cinema de ação?

Gina não hesita em agradecer de novo a Patty Jenkins por seu trabalho em "Mulher-Maravilha" e por quebrar barreiras. "Ela mudou o jogo completamente", diz.

Patty Jenkins dá instruções para Gal Gadot durante filmagem de 'Mulher-Maravilha' Imagem: Reprodução

E ela vê Hollywood se abrindo mais às cineastas mulheres, mesmo que a pandemia de covid-19 tenha atrapalhado um pouco as coisas.

Explicamos: antes de o coronavírus fechar cinemas ao redor do mundo, 2020 seria o ano em que mais veríamos blockbusters dirigidos por mulheres. Coincidência ou não, todos com ação.

Cathy Yan à frente de "Aves de Rapina" viria em fevereiro. Depois, estreariam Niki Caro com "Mulan"; Cate Shortland com "Viúva Negra"; Patty Jenkins com "Mulher-Maravilha 1984"; e Chloe Zao com "Os Eternos".

Dos quatro ainda inéditos, "Os Eternos" já teve a estreia adiada para 2021. Os outros ganharam novas datas, mas elas são um ponto de interrogação, já que ainda não se sabe quando os cinemas vão reabrir com segurança.

"Eu estava muito animada, porque isso nunca havia acontecido na história do cinema", diz Gina, antes de reconhecer que esse já é um avanço e tanto e que está ansiosa para ver os filmes das colegas na telona.

A barra começou no zero, então, cinco não parece muito. Mas, dada a indústria, tem sido um ano incrível. Espero que todas sejamos bem-sucedidas para que mais mulheres tenham essa oportunidade.

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