Comic-Con@home: Como é dar um 'passeio virtual' no evento

Andar no pavilhão de uma Comic-Con não é fácil: tem gente demais, filas para todos os lados e tanta coisa para ver que às vezes você precisa selecionar a dedo as suas prioridades. Mas dar uma voltinha por um "pavilhão virtual" pode ser igualmente exaustivo.
A San Diego Comic-Con, o mais tradicional e esperado evento de cultura pop do mundo, estreou hoje sua versão adaptada para tempos de pandemia: a Comic Con@Home, que vai até domingo e é totalmente virtual.
Resolvi conhecer o pavilhão assim que o evento começou oficialmente, às 13h, e já deu para tirar algumas coisas de lá:
Se você espera ver coisas dos grandes estúdios, você vai se decepcionar
Os estandes de grandes estúdios e canais nas convenções do tipo sempre chamam a atenção pelas atrações, que podem ser alguma atividade, uma exposição ou até a revelação de algum figurino especial.
Mas nisso a Comic-Con@Home fica devendo. Os "estandes" online não dão nem um gostinho de conteúdos exclusivos, funcionando mais como vitrines. O da Netflix, por exemplo, apenas lista os grandes lançamentos da empresa neste mês: "Cursed", "The Old Guard" e a segunda temporada de "The Umbrella Academy". Sem imagens diferentes ou vídeos.
O espaço da Warner, dividido com a DC, não tinha nada listado até a publicação deste texto. E para quem estava esperando algo dos estúdios Marvel, sinto em dizer que não foi dessa vez: com as estreias dos filmes ainda incertas, a editora privilegiou seus próximos lançamentos em quadrinhos, como a edição #850 de "The Amazing Spiderman".
Fora isso, continua tendo MUITA coisa para ver
Ver tudo mesmo, com calma e foco, é uma missão praticamente impossível em um evento desse, principalmente se você também pretende assistir alguns painéis e acompanhar os cosplayers.
No online, continua tendo muito para ver. É cansativo e você precisa ter muita paciência para usar o site, que não tem uma navegação fácil ou um design moderno...
Mas olhe pelo lado bom: é no conforto da sua casa, então você não precisa sair explorando tudo de uma vez. E é uma boa chance para você conhecer alguns artistas novos no Artist's Alley, como a brasileira Mari Lobo:
A relação de amor e ódio com as compras
Sim, a SDCC surgiu como um evento de fãs que queriam se reunir para compartilhar seu amor pelos quadrinhos (e pelo cinema, pelas séries, pelos games...). Mas não dá para negar que o consumo hoje é uma parte grande do evento, com muitas marcas lançando colecionáveis exclusivos para ele.
O fato de a SDCC ser online, por um lado, torna o acesso a esses produtos mais fácil. Mas (e é um grande MAS) nem todas as empresas entregam fora dos Estados Unidos, o que vai te fazer passar bastante vontade.
Claro que ainda dá para achar objetos que são entregues aqui, como os produtos da Weta, que revelou essa miniatura LIN-DA do Smaug (que ainda não está à venda)...
Ou esse vaso do Baby Yoda, que está em pré-venda na Amazon.
O probleminha é o valor do frete, né? Para o vaso da criaturinha verde, ele custa US$ 50, mais do que o vaso em si! Fique de olho!
Para esses tempos, tá valendo!
Não importa o lugar, boa parte da diversão das Comic-Con está em compartilhar suas paixões com outros fãs. Como não dá para fazer isso presencialmente agora, o online é uma boa saída. Pode melhorar? Com certeza! Tem que ter um pouco de paciência? Sim! Mas pelo menos deu para ter um gostinho da SDCC!
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