J.K, Depp, Miller: estaria 'Animais Fantásticos' amaldiçoado?
"Animais Fantásticos" tá amarrado.
Depois de dois filmes e com um terceiro a caminho, o prólogo da franquia "Harry Potter" se vê cercado pelas polêmicas em que seu time de estrelas se envolveu nos últimos tempos. Vamos a elas:
- Roteirista dos filmes, a autora J.K. Rowling entrou numa "guerra" contra os transexuais que levou até mesmo atores de "Harry Potter" e "Animais Fantásticos" a criticá-la publicamente.
- Já Johnny Depp, intérprete do vilão Gellert Grindewald, segue sob os holofotes depois de ter sido acusado de violência doméstica contra a ex-mulher, a também atriz Amber Heard.
- Como se não bastasse, Ezra Miller, o Credence Barebone, foi acusado de tentar enforcar uma fã do lado de fora de um pub em Reykjavik, na Islândia.
- Por último, mas não menos importante, o terceiro longa da franquia se passa no Brasil. E o Brasil... bem, você já sabe, né?
Os três astros tentam se defender: J.K. lembra de sua defesa de outras causas progressistas, Johnny nega veementemente as acusações —ainda mais depois do suposto vazamento de um áudio de Amber em que ela admitiria estar batendo nele. Já Ezra não se pronunciou sobre o tal vídeo, nem para desmentir, nem para confirmar que ele é o agressor.
A produção do filme anterior de "Animais Fantásticos", "Os Crimes de Grindewald", de 2018, já havia tido que lidar com o caso de Johnny, que se separou em 2016. O ator fez uma rápida aparição com o personagem na San Diego Comic-Con e deu apenas uma entrevista para falar do filme.
Os fãs ainda acusaram o longa de manter Dumbledore no armário e lidar com a história de Nagini de maneira racista.
Puxado.
É como a revista "Entertainment Weekly" bem apontou:
O terceiro filme é como aquela cena de 'Titanic', quando o capitão percebe que cinco compartimentos do convés inferior inundaram: 'O navio pode ficar à tona com os quatro primeiros compartimentos violados, mas não cinco! Não cinco!
A questão, portanto, é: uma franquia de filmes tão cara e dispendiosa pode permanecer à tona com tantos compartimentos inundados?
Afinal, a bilheteria é um outro fator a ser considerado: "Animais Fantásticos e Onde Habitam", de 2016, arrecadou US$ 814 milhões em todo o mundo. Já "Crimes de Grindewald" caiu para US$ 654 milhões, além de receber mais críticas negativas —nem Jude Law como o jovem Albus Dumbledore, o queridinho dos fãs da saga, ajudou a evitar os 36% de aproveitamento no agregador de resenhas Rotten Tomatoes.
Mas e aí? O que fazer?
Simplesmente interromper a franquia não parece uma opção. Financeiramente falando, eu digo. Os dois primeiros filmes começam e continuam uma história que ficaria sem conclusão. E isso impactaria nas vendas de produtos relacionados, sempre importante quando se trata de "Harry Potter".
A produção do terceiro filme, que se passa no Rio de Janeiro, deveria ter começado no dia 13 de março, mas as filmagens foram interrompidas devido a pandemia. Por causa disso, é bem provável que a data de lançamento —inicialmente marcada para 12 de novembro de 2021— seja alterada.
Agora é esperar por um feitiço que salve a trama. Será?
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