'Dark': Explicamos o final da série da Netflix
27 de junho de 2020 chegou —o dia do apocalipse de "Dark" e, também, o dia em que finalmente podemos falar como os principais mistérios da série são resolvidos, agora que os oito episódios da terceira temporada estão disponíveis na Netflix. Aqui, vamos destrinchar o final (que, sim, faz muito sentido!) e seus principais pontos.
Há muitos spoilers adiante, então só continue se você quiser saber mesmo o que acontece. Se não, você pode parar por aqui e ler nossa crítica da série e nossa entrevista com o Jonas e a Martha!
Tem certeza?
OK, então!
Há não dois, mas três mundos --e a culpa de tudo é de H.G. Tannhaus.
Existem três mundos na série: o Mundo A, onde se passam a primeira e a segunda temporadas, o Mundo B, de onde vem a nova Martha, e o mundo original. Nos mundos A e B, Jonas e Martha funcionam como contrapartes, sendo suas versões mais velhas bem apropriadamente chamadas de Adam e Eva (mais sobre isso depois).
Acontece que nenhum dos dois deveria existir, pois os mundos A e B surgiram como resultado de um experimento de Tannhaus no mundo original. Arrasado com as mortes do filho, da nora e da neta em um acidente, ele tentou voltar ao passado para impedir o acidente, mas acabou dividindo o seu mundo em outros dois, unidos eternamente por um nó.
Quem descobre tudo é Claudia, motivada a encontrar uma realidade em que sua filha, Regina, continuava viva. Ela passou 33 anos antes de entender que deveria haver um terceiro mundo para completar o cenário.
Uma brecha
Claudia então encontrou uma solução. O apocalipse faz o tempo parar por um momento, de forma que surge uma brecha no espaço-tempo. Dessa forma, os jovens Jonas e Martha conseguiriam ir até o mundo original e impedir o acidente com a família de Tannhaus.
E é isso mesmo o que acontece: os dois conseguem chegar ao mundo de origem após uma experiência surreal que lembra uma cena bem importante de "Interestelar", aquele filme do Christopher Nolan.
Lá, vemos Tannhaus ter uma briga com o filho, Marek, que deixa a casa do pai com a mulher e a filha sob uma forte tempestade. Jonas e Martha então aparecem para Marek na estrada, e conseguem convencê-lo a voltar. O plano dá certo, e os dois desaparecem, bem como vários outros personagens.
E pode ser que tenha quem ache brega mas, no fim, todas as ações que levaram aos conflitos e também às soluções da série foram por amor. Poético, não?
Quem sobra?
Na última sequência, vemos reunidos em uma mesa Regina, Hannah, Katharina, Peter, Torben Woller (sem o tapa olho) e Bennie, a prostituta com quem Peter tinha um caso no Mundo A. Hannah, aliás, está grávida de Torben.
O nome que ela pensa em dar para o filho? Jonas. Parece que algumas coisas são inevitáveis, não é mesmo?
Mas como era o Mundo B?
O Mundo B era muito semelhante ao Mundo A. Lá, porém, não existia Jonas, e Mikkel não desaparecia. Algumas coisas se repetiam, porém de formas diferentes: Ulrich, divorciado de Katharina, esperava um filho com Hannah —mas a traía com Charlotte. Lá, era Franziska que era surda, e não sua irmã, Elisabeth. E Helge continuava a apanhar violentamente de Ulrich, só que mais velho.
Esse mundo, em vez de ter Adam, tem Eva, a versão mais velha de Martha. Eva, no fim, queria manter o nó intacto para que todos nos dois mundos sobrevivessem, enquanto Adam queria que o nó fosse rompido de vez, mesmo que isso resultasse na destruição de um deles.
O novo personagem
O novo personagem, o Desconhecido, é filho de Jonas com a Martha do Mundo B. Tanto Adam quanto Eva acreditavam que ele era a origem do nó, o que se provou errado. O Desconhecido é, ainda, pai de Tronte, e falamos mais disso aqui.
Que revelações acontecem no Mundo A?
Descobrimos alguns parentescos, hum, interessantes. Hannah, que viajou para os anos 1950, teve uma filha com Egon Tiedemann, Silja. Você vai reconhecê-la daqui:
A garota depois começa um romance com Bartosz, com quem teria dois filhos: Hanno e Agnes. Sim, isso mesmo.
Hannah, foi morta por Adam, sufocada. Aliás, lembram que Hanno/Noah matou um homem na segunda temporada? Era o seu pai.
Também descobrimos que o pai de Regina não é Tronte, mas sim Bernd Doppler.
Charlotte, que depois do apocalipse foi parar no futuro com a versão de sua filha/mãe, Elisabeth, também acabou se envolvendo na trama: por ordem de Adam, ela e Elisabeth levaram sua versão bebê para ser criada por H.G. Tannhaus.
E tiveram três outras mortes significativas: a de Katahrina, que foi morta pela própria mãe quando voltou aos anos 1980 para procurar Ulrich; a de Peter, que morreu ao ser atacado no pós-apocalipse, e a de Regina. Sofrendo com sua doença. Ela foi morta por Tronte a pedido de Claudia.
Estamos até com dor de cabeça depois de tudo isso! E você? Gostou do final?
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