Qual o maior marco LGBT da cultura pop? Pabllo e Lorelay Fox respondem
Qual foi um momento marcante para os LGBTs na cultura pop para você? Em comemoração ao mês do Orgulho LGBT, nós perguntamos para personalidades do mundo queer o que eles consideram um marco para a comunidade nos cinemas, TV e música.
Para Pabllo Vittar e Lorelay Fox, a série "Pose" e o documentário "Paris is Burning" retratam bem a cultura LGBT nos anos 1980, mas ainda geram muita identificação com a comunidade nos dias de hoje.
Pabllo Vittar: voguing é símbolo de resistência
Para Pabllo Vittar, vogue ou voguing foi um momento importante para os LGBTIs. A dança, que surgiu nos anos 1960 mas só foi popularizadas 20 anos depois, imita poses de modelos nas revistas de moda — sim, o nome veio da revista "Vogue".
"Toda aquela coreografia, as performances corporais, o carão... stravangaza pura! O movimento é um marco na cultura LGBTQI+ e tem sua história contada no documentário 'Paris is Burning'"
Seja em seus clipes ou em shows, Pabllo já mostrou o poder do seu voguing que para ela virou também um símbolo de resistência. "As balls, batalhas, voguers, as houses e os exageros corporais são retratados no documentário junto com a realidade de uma sociedade preconceituosa. A série 'Pose' também é inspirada no movimento. Maratonei quando estreou", recomenda ela.
Lorelay Fox: "Pose" e a representatividade trans na TV
A série de TV "Pose" retrata a vida de jovens LGBTs em Nova York nos 1980 e mostra como o voguing foi importante para a comunidade na época. Para a drag Lorelay Fox, a série gera muita identificação para os LGBTs do Brasil, mesmo 40 anos depois da história retratada. "É o fato de que travestis, transsexuais, gays que são expulsos de casa e marginalizados, são adotados pelo próprio núcleo LGBT e formam uma família. 'Pose' acima dos bailes e performances, é sobre uma mãe trans que adota pessoas LGBT excluídas", diz a drag.
"Por mais que tenham se passado quatro décadas, e a gente ter evoluído muito no que diz respeito à HIV e preconceitos que se moldam em torno da doenças e do tratamento, em outros quesitos ainda temos os mesmos problemas - ainda mais levando em conta a vivência da comunidade LGBT que é preta, tratada na série, e tem que enfrentar o racismo, além da homofobia"
Na última edição do Emmy, a primeira temporada da série rendeu as primeiras indicações a uma mulher transgênero e um homem afro-latino como produtores. Billy Porter também se consagrou como o primeiro homem negro gay a vencer o prêmio de melhor ator drama. Histórico!.
"Geralmente assistimos heterossexuais simulando o que seria a nossa vivência e para nós faz toda a diferença sermos representados por um dos nossos, até porque a história do personagem e a história real se colidem."
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