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Integrante do Pussy Riot é preso e interrogado após temor de sequestro

21.jul.2018 - Pyotr Verzilov é acompanhado pela polícia a uma audiência na Justiça por invadir campo de futebol durante a Copa na Rússia - Vasily Maximov/AFP
21.jul.2018 - Pyotr Verzilov é acompanhado pela polícia a uma audiência na Justiça por invadir campo de futebol durante a Copa na Rússia Imagem: Vasily Maximov/AFP

Do UOL, em São Paulo

22/06/2020 16h02

Um dos integrantes do Pussy Riot, Pyotr Verzilov causou preocupação ao desaparecer no fim de semana. De acordo com o jornal britânico The Guardian, explicou-se mais tarde que ele foi detido para passar por interrogatório e depois foi preso por um setor anti-extremista da polícia russa.

O caso aconteceu quando o apartamento de Verzilov foi invadido por um homem não identificado no domingo de manhã. Especulou-se que seu sumiço poderia ser resultado de um sequestro, mas a imprensa russa noticiou, horas depois, que ele foi detido por policiais anti-extremistas e interrogado por horas em uma delegacia de Moscou.

Verzilov afirmou que foi questionado sobre protesto de 2019, quando manifestantes e a polícia entraram em confronto em Moscou. Ele estava na Estônia na ocasião.

"Houve muitas perguntas sobre [o líder da oposição Alexei] Navalny e minhas viagens ao estrangeiro", disse ele, ao site MediaZona, ligado ao grupo.

Depois do interrogatório, ele não ganhou liberdade. O ativista foi detido novamente pouco depois pela polícia, que o fez passar a noite preso. Ele encara acusações de ser um hooligan, o que pode fazer com que cumpra 15 dias de detenção.

De acordo com a BBC russa, ele pode ter sido detido para evitar planos de se manifestar durante treinamentos para uma parada do exército russo. Ele estaria planejando se colocar frente a um tanque. Verzilov negou que fosse cometer tal ato.

Além da banda punk, o Pussy Riot chama atenção com seus atos subversivos, como quando foram detidos por invadir uma partida da Copa do Mundo de 2018, na Rússia.