3 lições que Trump (e todo mundo) pode aprender com 'Insecure'
Não é segredo que o presidente norte-americano Donald Trump ama o Twitter. Sua única curtida na rede social, por outro lado, é uma grande surpresa: é um tuíte sobre o episódio de "Insecure" que foi ao ar no último domingo. Não acredita? Temos um print:
Isso abre espaço para tantas dúvidas... Seria Trump um fã de "Insecure"? Ele ficou chateado com o que vem acontecendo com Issa e Molly? Nem a protagonista e criadora da série, Issa Rae, entendeu o que estava acontecendo.
Ok, provavelmente foi um engano do presidente ou de alguém da sua equipe. Mas a série da HBO, que já está em sua quarta temporada, pode trazer algumas lições para quem está assistindo —inclusive para ele.
A disparidade de salários é um problema real
Em "Insecure", Molly (Yvonne Orji) é uma advogada que se dedica bastante a sua vida profissional. No entanto, em certo momento, ela tem uma surpresa bem desagradável ao descobrir que ganha muito menos do que um colega branco.
Essa, infelizmente, é uma realidade. Segundo dados do Institute for Women's Policy Research, mulheres negras ganham 39% menos do que homens brancos, e 21% menos do que mulheres brancas.
É uma boa lição para o republicano, já que seu governo tentou barrar esforços para que as empresas revelassem dados de salários, gênero e raça para a Equal Employment Opportunity Commission, órgão que fiscaliza a discriminação em locais de trabalho.
Saúde mental não é brincadeira
Trump já se referiu, mais de uma vez, a adversários políticos, como a democrata Nancy Pelosi, insinuando que eles têm problemas de saúde mental —o que, obviamente, não deveria ser usado como insulto.
Mas fica a dica: dá para aprender a ter mais empatia com "Insecure", que abriu uma porta importante ao mostrar personagens como Lawrence (Jay Ellis) e Nathan (Kendrick Sampson) lidando com a depressão (e como ela afeta aqueles ao seu redor).
A série também acertou ao retratar Molly dando uma chance para a terapia, que ainda é estigmatizada.
O valor de uma mulher não está na aparência dela
Sim, esta é uma lição meio óbvia —mas que parece ser fácil de esquecer. Nos últimos anos, muitos dos comentários do magnata em relação a mulheres foram relacionados exclusivamente à aparência delas. Ele inclusive criticou a sua rival nas eleições, Hilary Clinton, dizendo que "ela não o havia impressionado".
Já passou da hora de entender que mulheres são mais do que seus corpos e rostos. Elas têm ideias, sonhos, propostas, e outros atributos que não sejam físicos. E "Insecure" mostra isso por meio de Issa, Molly e Condola (Christina Elmore): mulheres que têm vidas multidimensionais, com defeitos e qualidades, e com as quais nós podemos (ou não) nos identificar.
2020, né?
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