Após viralizar com Titanic, autor fará paródia de Rei Leão para Bolsonaro
Henrique Acquaviva, 35, sempre foi fã do filme 'Titanic' e de toda história envolvendo o naufrágio do navio real. Quando começou a pensar sobre como o governo brasileiro estava lidando com a atual pandemia do novo coronavírus, ele teve um lampejo.
"É uma história que conheço muito bem. Comecei a lembrar dos personagens, estava deitado, indo dormir, e comecei a associar: as coisas batiam completamente. É uma tragédia anunciada, e o Titanic também era, mandaram no telégrafo: 'Cuidado com o gelo', e eles ignoraram. Falei: Vou ter que montar isso. Passei a noite inteira editando", conta ele ao UOL.
O vídeo criado por Henrique, intitulado "Pandemic", trouxe as figuras do filme de James Cameron como se estivessem no Brasil, com os personagens ganhando os nomes de figuras reais, como o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), enquanto o naufrágio, na verdade, seria a chegada do coronavírus. O vídeo foi um estouro com quase 2 milhões de visualizações no Twitter.
A repercussão foi tanta, que atores procuraram Henrique para fazer uma versão dublada do vídeo.
"A Ângela Dip entrou em contato comigo. Ela arranjou as pessoas e consegui lançar a versão dublada", relata.
Formado em Rádio e TV, o editor de vídeos agora prepara uma nova paródia, também com críticas ao atual governo: o "Mito Leão", baseado no filme "O Rei Leão", da Disney, e com um título inspirado no apelido que o presidente ganhou de seus apoiadores.
"Já vou lançar dublado. Consegui mais gente, consegui uma imitadora da Dilma. Tem o Scarsonaro e coloquei as hienas como Hiena 01, Hiena 02 e Hiena 03. Tem a Pumba Hasselman. Coloquei os nomes com trocadilhos", conta ele. A nova paródia deve sair amanhã.
Acquaviva também se surpreende com o tamanho da repercussão que seu vídeo teve: "Você nunca imagina. Eu já tinha alguns outros vídeos do Youtube que bombaram, mas eram vídeos de shows, que filmei e botei. O mais infame foi o da Paula Fernandes com o Andrea Bocelli. É a primeira vez que um trabalho meu, efetivamente, bomba".
O editor também frisa que acredita ser importante criticar o governo neste momento, e acha que a pandemia está fazendo a população se voltar contra ele.
Eles usam estratégia de propaganda nazista. A cabeça que fez a campanha do Bolsonaro é o Steve Bannon, ele é estudioso da propaganda nazista, tem várias denúncias das relações dele com partidos neonazistas. Eles seguem aquela mesma cartilha: você vai revoltando a população aos poucos e aí vai convencendo de que você é a solução, e de que fazer coisas horríveis, como matar pessoas, deixar morrer pessoas, é uma solução econômica boa. O que vi muito na pandemia agora e que acordaram para o fato de que o governo não se preocupa com vidas.
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