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Fundação Viva Cazuza proíbe execução de músicas do cantor em manifestações

O cantor Cazuza - Reprodução
O cantor Cazuza Imagem: Reprodução

Do UOL

Em São Paulo

10/05/2020 14h20

A Fundação Viva Cazuza criada pelos pais do cantor Cazuza após sua morte, em 1990, divulgou nota na rede social Facebook proibindo a execução de músicas do cantor em manifestações antidemocráticas. A nota foi veiculada após apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) reproduzirem a música "Brasil" em manifestações pedindo o fechamento do STF (Supremo Tribunal Federal) e do Congresso, no último domingo (3).

Segundo a nota, a associação diz ser inaceitável ver a canção ser usada junto "a gritos de ordem e cartazes que pedem o fim da democracia" e proibiu, segundo a Lei de Direitos do Autor (9610/1998), a "execução de qualquer obra ou interpretação de Cazuza em qualquer evento e/ou manifestação dessa natureza".

Na nota, assinada por Lucinha Araújo, mãe do artista, a organização ainda defende as medidas de isolamento social: "Seguimos as orientações da OMS que recomenda que a população fique em casa, em isolamento, pensando no bem de todos, sendo solidários e trabalhando para diminuição do sofrimento e privação dos mais vulneráveis", diz o texto.

A canção "Brasil" foi criada em 1988 e é conhecida até os dias de hoje como uma celebração ao processo de redemocratização do Brasil, após o período da ditadura no país.