Pedro Cardoso sobre Regina Duarte: "Talvez não xingue Fernanda Montenegro"
O ator Pedro Cardoso se posicionou sobre a escolha de Regina Duarte para ser secretária especial de Cultura. Crítico do governo de Jair Bolsonaro (sem partido), ele expôs sua opinião de que a atriz só poderá realizar o que for projeto do presidente.
Cardoso postou um vídeo com Imagine, mostrando John Lennon e Yoko Ono, citados em seu texto sobre o "sim" de Regina.
"A mim pouco me importa quem Messias escolha para executar o projeto de não-cultura dele. Seja quem for, será sempre o projeto dele. Regina, caso venha a ser, fará o quê? Algo diferente do que Messias quer? Se tentar, ele a dispensará. Se a mantiver, será por ela estar executando a equalização autoritária moralizante da produção cultural", afirmou Cardoso, em seu Instagram.
"Regina, ou qualquer Alvin, não é ninguém que possa fazer diferença. Ela irá apenas emprestar a sua biografia e fama para dar ares de maior simpatia ao cargo que o desastrado anterior maculou", adicionou ele, citando o caso em que o secretário anterior, Roberto Alvim, fez críticas a Fernanda Montenegro.
"Talvez Regina não xingue Fernanda Montenegro mas sua educação não a elevará acima do pecado de servir ao nazifascismo. Não é possível negociar com quem traz como argumento a tortura, a ditadura e o moralismo. Mas não somos nós, os artistas, uma pessoa só. Somos muitos diferentes e temos visões de mundo diversas. Haverá entre nós os que queiram negociar com esta administração aceitando Regina como uma interlocutora confiável. Eu não serei um deles", postou o ator.
Cardoso explicou sua argumentação: "Primeiro porque ninguém a serviço de uma tirania é confiável; e depois porque o nazifascismo não pode ser aceito como algo que possa existir. As categorias profissionais ambicionam apoios públicos. Todas! Essa é uma das nossas desgraças. Os artistas que se sentarem à mesa com algum representante de Messias o farão por interesse próprio e não em atenção a cultura. (...) Há gostos e público para tudo, até para a morte. Eu fico com John Lennon e a vontade de viver que ele me provoca. Quem quiser se fartar com artistas de direita, que se divirta com a graça que vê na chatice sentimental deles; e que tenha a coerência de não consumir arte marxista, como a de John Lennon e Yoko Ono, por exemplo. Nós artistas não todos somos o mesmo", concluiu.
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