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Ex-baterista do The Doors: "Demorei anos para perdoar Jim Morrison"

Os integrantes do The Doors, da esquerda para a direita: John Densmore (bateria), Robbie Krieger (guitarra), Ray Manzarek (teclados) e Jim Morrison (vocais) - AP Photo
Os integrantes do The Doors, da esquerda para a direita: John Densmore (bateria), Robbie Krieger (guitarra), Ray Manzarek (teclados) e Jim Morrison (vocais) Imagem: AP Photo

Do UOL, em São Paulo

08/01/2020 08h31

John Densmore, ex-baterista do The Doors, confessou que só foi visitar o túmulo do colega de banda Jim Morrison três anos depois de sua morte, em 1971. Em nova entrevista ao The Guardian, o ícone do rock contou o motivo.

"As pessoas perguntam se eu odiava o Jim. Não. Eu odiava a sua autodestruição. Ele era um kamikaze que morreu aos 27 anos — o que eu posso dizer sobre isso?", comentou ele.

Densmore ainda revelou que chegou a sugerir, pouco antes de morte de Morrison, que o The Doors desse uma pausa na carreira. "Algumas pessoas queriam manter o motor ligado o tempo todo, e eu pensava: 'Espere um pouco. Talvez, se gravarmos um álbum a menos, ele não morra'", lembrou.

"Eu não era maduro o bastante para dizer isso com essas palavras. Eu não estava tentando dar espaço para a autodestruição dele, mas era uma época diferente", justificou ainda.

"As pessoas costumavam me perguntar: 'se Jim estivesse vivo hoje, ele estaria sóbrio?'. E eu dizia que não. Hoje eu mudei de ideia. É claro que ele estaria sóbrio. Ele era esperto", disse.

"Eu demorei anos para perdoar Jim. Hoje em dia, sinto muita falta dele como artista", completou