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Felipe Neto chama Damares, Araújo e Weintraub de "poder radioativo" do país

O youtuber Felipe Neto - reprodução/Instagram
O youtuber Felipe Neto Imagem: reprodução/Instagram

Do UOL, em São Paulo

03/01/2020 22h06

Felipe Neto aproveitou a tensão envolvendo Estados Unidos e Irã para criticar os ministros do governo Bolsonaro. Hoje, o youtuber e empresário disse que, embora o Brasil não tenha poder nuclear, Damares Alves, Ernesto Araújo e Abraham Weintraub representam o "poder radioativo" - o humorista Carlinhos Maia também não foi poupado por Felipe.

"[O Brasil] Pode não ter [poder] nuclear, mas radioativo tem muito. Só mandar a Damares, Ernesto Araújo, Weintrabo (sic) e Carlinhos Maia pro lugar que todo mundo morre de câncer", ironizou o produtor de conteúdo com uma postagem em seu perfil no Twitter.

felipe neto - reprodução/Twitter - reprodução/Twitter
Imagem: reprodução/Twitter

A mensagem de Felipe Neto foi uma resposta à declaração de Jair Bolsonaro (sem partido). O presidente da República disse hoje, em conversa com o apresentador Datena, que o Brasil não tem "forças armadas nucleares para poder dar opinião tranquilamente sem sofrer retaliações".

Ele se referia ao ataque ordenado por Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, que resultou na morte de Qasem Soleimani, general iraniano. Em nota, o Ministério das Relações Exteriores, comandado por Ernesto Araújo, disse que o Brasil enfrenta o "flagelo do terrorismo".

Como foi o ataque

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O chefe militar iraniano Qasem Soleimani, morto em um atentado dos EUA no aeroporto de Bagdá, no Iraque
Imagem: KHAMENEI.IR / AFP

O ataque coordenado pelos EUA contra um aeroporto em Bagdá, no Iraque, matou Qasem Soleimani, o chefe da Força Revolucionária da Guarda Quds do Irã, considerado um dos homens mais importantes do país. Além dele, ao menos outras sete pessoas morreram. Entre elas estava Abu Mahdi al-Muhandis, comandante de milícia do Iraque, apoiada pelo Irã. A milícia da qual ele fazia parte também atribuiu a morte aos EUA.

Naim Qassem, segundo na linha de comando do Hezbollah no Líbano, também seria uma das vítimas.

A Guarda Quds é uma força de elite do exército iraniano e teria sido responsável pela invasão da Embaixada dos EUA, em Bagdá, no início desta semana.

Pentágono diz que ataque foi ordenado por Trump

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump
Imagem: LEAH MILLIS

O Pentágono confirmou que o ataque aconteceu "sob ordens do presidente" Donald Trump. "Os militares dos EUA tomaram medidas defensivas decisivas para proteger o pessoal dos EUA no exterior, matando Qasem Soleimani", afirmou em nota.

"Este ataque teve como objetivo impedir futuros planos de ataque iranianos. Os Estados Unidos continuarão a tomar todas as medidas necessárias para proteger nosso povo e nossos interesses, onde quer que estejam ao redor do mundo", concluiu.

De acordo com o Pentágono, Soleimani "orquestrou" ataques em bases de coalizão no Iraque ao longo dos últimos meses e aprovou os "ataques" na embaixada dos EUA em Bagdá, ocorridos no início desta semana.

Horas após a confirmação da morte de Soleimani, a embaixada dos Estados Unidos em Bagdá, que na terça-feira foi alvo de um ataque por uma multidão pró-Irã, recomendou a seus cidadãos que deixem o Iraque "imediatamente".

Aiatolá do Irã fala em "vingança"

Ali Khamenei - Morteza Nikoubazl - Morteza Nikoubazl
Líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei
Imagem: Morteza Nikoubazl

O guia supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, afirmou que vai "vingar" a morte de Soleimani e decretou três dias de luto nacional no país.

"O martírio é a recompensa por seu trabalho incansável durante todos estes anos (...) Se Deus quiser, sua obra e seu caminho não vão parar aqui e uma vingança implacável espera os criminosos que encheram as mãos com seu sangue e a de outros mártires", afirmou Khamenei em sua conta no Twitter em farsi.

Khameni nomeou o vice de Qasem Soleimani, o general Esmail Ghaani, como novo chefe das Forças Quds. O programa da força "permanecerá inalterado em relação ao período de seu antecessor", afirmou o aiatolá.

O primeiro-ministro do Iraque, Adel Abdel Mahdi, afirmou nesta sexta-feira que o ataque vai "desencadear uma guerra devastadora no Iraque". "O assassinato de um comandante militar iraquiano que ocupava um posto oficial é uma agressão contra o Iraque, seu Estado, seu governo e seu povo", afirmou.