Réveillon tem gospel, música clássica e samba, mas funk reina em Copacabana
O Réveillon de Copacabana foi bem eclético musicalmente. O palco principal do evento recebeu a cantora gospel Anayle Sullivan, o músico clássico Allyrio Mello, o sambista Diogo Nogueira, o pagodeiro Ferrugem, a bateria da Mangueira, mas foi o funk do DJ Marlboro que mais empolgou a maioria das 2,9 milhões de pessoas presentes na areia da praia mais famosa do Brasil.
Marlboro criou um espetáculo musical em homenagem aos 30 anos do funk, com cinco cantores intercalando os mais famosos hits dos bailes, três dançarinas e uma banda completa o acompanhando nas carrapetas, que não deixou ninguém parado.
"Bom demais esses funks das antigas. Me lembra minha época de solteira curtindo baile, com Claudinho e Bochecha, Cidinho e Doca. E ele tocou os atuais que minhas filhas curtem também, tipo Anitta e Ludmilla", declarou Maria Aparecida, de 44 anos.
A atração entrou logo em seguida da tradicional queima de fogos de artifício, que durou 14 minutos. O espetáculo pirotécnico teve trilha sonora sincronizada, desenvolvida especialmente pelo músico Daniel Lopes. Ao todo foram 10 balsas, com 16,9 toneladas de explosivos.
Faltando um pouco menos de 10 minutos para a contagem regressiva, Milton Cunha foi o escalado pela Prefeitura do Rio de Janeiro para fazer uma "reflexão" com a população.
No texto lido pelo carnavalesco, ele disse que tem coisas maravilhosas acontecendo o tempo todo à nossa volta e que tínhamos que melhorar a relação com o Rio, que mesmo com todos os desafios de uma grande metrópole, continua lindo. No fim, ele pediu para o carioca apreciar e elogiar mais a cidade.
Antes, Ferrugem já havia homenageado a Cidade Maravilhosa ao começar a cantar. O artista levou bolas gigantes com pontos turísticos pintados e jogou para o público. Em uma delas, tinha os Arcos da Lapa e ele lembrou que conheceu sua atual mulher, Thaís Vasconcelos, no bairro boêmio.
"Te amo", declarou Ferrugem olhando para a amada, que mostrou ser fã número um do maridão e cantou todas suas músicas na maior animação.
As amigas Bianca Malaquias, Thay Lima e Raissa Dias não tiveram dúvida ao eleger a atração favorita da noite. O trio estava parado em volta de uma das inúmeras caixas de som portáteis, que tocavam funk na areia, ouvindo e dançando Não Sou Obrigada, da Pocah, enquanto a Mangueira encerrava a festa.
"O DJ Marlboro animou geral", disparou Bianca. "Não tem como ficar parada com funk", reforçou Thay. "O funk foi o melhor disparado, mas também adorei o show do Ferrugem", ponderou Raissa.
Funk voltará a reinar na abertura do Carnaval do Rio
A estrutura montada em frente ao hotel Belmond Copacabana Palace será mantida para um megashow do Bloco da Favorita, da empresária Carol Sampaio, no dia 12 de janeiro. O show de funk abrirá as comemorações carnavalescas e contará com participações especiais de outros artistas.
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