Roteirista de "His Dark Materials" compara personagem a Greta Thunberg

A estreia mundial, em Londres, da mais recente adaptação da HBO/BBC dos aclamados romances de Philip Pullman "His Dark Materials" teve um assunto bem atual entre seus destaques.

O escritor Jack Thorne, roteirista, comparou o Magisterium, a autoridade religiosa autoritária e onipotente dos romances, ao atual governo britânico, particularmente por conta de sua resposta aos manifestantes pró-meio ambiente da Rebelião da Extinção, que fizeram campanhas, recentemente, em Londres e causaram perturbações para aumentar a conscientização sobre as mudanças climáticas.

"Acabamos de ver hoje um protesto sendo removido das ruas sem o devido processo legal, e ele foi feito abertamente por um grupo de pessoas que sentiram que tinham o direito de fazê-lo, negando a outro grupo o direito de protestar", disse Thorne.

"Vivemos tempos assustadores. E acho que há muito nos livros de Philip sobre o agora e sobre onde estamos agora, ainda mais do que quando ele os escreveu", afirmou.

"O que eu mais admiro nas narrativas dele é que há uma história óbvia a ser contada, e essa é a história de Asriel, e ele não conta, conta a de Lyra. E essa escolha entre seguir a pessoa com a intenção de grandeza, Asriel, e abandonar isso para seguir a pessoa que deseja a bondade em Lyra, é uma escolha tão ousada e brilhante. E, sabe, Greta Thunberg .. Lyra... há muitas semelhanças por aí ".

Na estreia, Thorne foi acompanhado por Dafne Keen, que interpreta Lyra, além de Ruth Wilson (Sra. Coulter), Clarke Peters (The Master) e a produtora da série Jane Tranter. A primeira temporada, com oito partes, de "His Dark Materials" - que já está gravando a segunda temporada - começa na BBC em 3 de novembro e na HBO em 4 de novembro.

*Com informações do Hollywood Reporter.