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Mãe de rapper que teve overdose processa empresários pela morte do filho

Rapper Lil Peep se apresenta no festival Day N Night, nos Estados Unidos - Scott Dudelson/Getty Images
Rapper Lil Peep se apresenta no festival Day N Night, nos Estados Unidos Imagem: Scott Dudelson/Getty Images

Do UOL, em São Paulo

08/10/2019 17h36

A mãe do rapper Lil Peep, que morreu de overdose em novembro de 2017 poucos dias depois de completar 21 anos de idade, entrou com uma ação na Justiça contra os antigos empresários do músico.

Liza Womack afirma que a equipe de gerenciamento e a empresa por trás de sua turnê final forneceram drogas ao rapper, criando um ambiente instável e que o levou ao ponto de exaustão, resultando em sua morte trágica. Womack afirma que, a partir do início de 2017, durante a turnê The Peep Show, o uso de drogas controladas e substâncias ilegais foi permitido, normalizado e até incentivado pela gerência.

Ainda de acordo com a denúncia feita por Womack e divulgada pelo site "TMZ", seu filho teria recebido um frasco de comprimidos de um de seus gerentes em um jantar em grupo durante uma viagem a Londres.

Os documentos apresentados por Womack indicam que o uso excessivo de drogas continuou até o final de 2017, durante a turnê final de Peep. A mãe do rapper afirma que ele era regularmente abastecido com Xanax e outras drogas enquanto estava na estrada.

A mãe de Peep ainda afirma que, durante uma parada da turnê em 10 de maio de 2017, em Los Angeles, ele "mal conseguiu se comunicar, muito menos se apresentar, devido ao uso de drogas". No processo, ela acrescenta que, apesar de seu filho estar em "estado de coma" na ocasião, seus agentes permitiram que ele se apresentasse.

Womack alega que Peep expressou repetidamente aos agentes que queria sair da turnê, dizendo que ele estava fisicamente e emocionalmente esgotado, mas eles ignoraram seus apelos e o "empurraram para um palco após outro, cidade após cidade, dando-lhe drogas".

A última apresentação de Peep antes de morrer seria em El Paso. Nos documentos apresentados à Justiça por Womack, ela alega que uma das agentes do rapper, Belinda Mercer, teria dito ao rapaz para consumir "uma quantidade excessiva de Xanax" para que ficasse doente. Desta forma, o show poderia ser cancelado e o seguro cobriria os prejuízos. Womack ainda alega que Mercer mantinha relações sexuais com Peep.

Segundo a reportagem, os documentos não deixam claro se ele aceitou a suposta sugestão de Mercer, mas ele se apresentou naquela noite, naquele que acabou sendo seu último show. O rapper foi encontrado morto pouco tempo depois dentro de seu ônibus de turismo.