Warner diz que não está defendendo a violência na vida real com o filme Coringa
A Warner Bros. declarou hoje que o filme Coringa, com Joaquin Phoenix, não valoriza a violência na vida real e que considera a o tema uma "questão crítica". Hoje mais cedo, familiares e vítimas de um ataque armado durante uma sessão de Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge, em 2012, escreveram uma carta ao estúdio para mostrar preocupação com o lançamento do novo projeto, que chega aos cinemas em outubro.
"A violência armada em nossa sociedade é uma questão crítica, e estendemos nossa mais profunda simpatia a todas as vítimas e famílias afetadas por essas tragédias. Nossa empresa tem uma longa história de doações para vítimas de violência, incluindo Aurora, e nas últimas semanas, nossa empresa se juntou a outros líderes empresariais para convidar políticos a lidar com essa epidemia", um representante da Warner Bros. disse em um comunicado.
"Ao mesmo tempo, a Warner Bros. acredita que uma das funções da narrativa é provocar conversas difíceis sobre questões complexas. Não se engane: nem o personagem fictício Coringa, nem o filme formam um apoio a qualquer tipo de violência no mundo real. Não é a intenção do filme, dos cineastas ou do estúdio manter esse personagem como um herói", completou.
Em 2012, um homem identificado como James Holmes, invadiu uma sessão de Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge, em Aurora, matou 12 pessoas e deixou outras 70 feridas. As lembranças do episódio fazem com que os familiares das vítimas demonstrem preocupação com mais um filme que promete cenas perturbadoras e violentas.
"Eu não preciso ver uma foto de Holmes, só preciso ver um cartaz promocional de Coringa para ver a foto do assassino", afirmou Sandy Phillips, que perdeu a filha no massacre em Aurora. De acordo com Phillips, o lançamento de Coringa é como um "tapa na cara". "Minha preocupação é como uma pessoa que está à beira de se tornar um atirador pode ser encorajada por esse filme", analisou.
Já o ator Joaquin Phoenix tocou no tema em entrevista à IGN. Para a estrela do filme, a maior parte das pessoas sabe entender a mensagem. "Eu acho que a maioria de nós sabe entender a diferença entre o que é certo e o que é errado. Então, eu não acho que é responsabilidade do cineasta ensinar ao público o que é moral ou a diferença entre certo e errado", afirmou.
O diretor Todd Phillips adotou postura parecida e disse que o filme faz alertas importantes para problemas sociais. "O filme faz alertas sobre falta de amor, trauma infantil, falta de compaixão no mundo. Eu acho que as pessoas podem lidar com a mensagem", destacou à IGN.
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