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Dakota Fanning como refugiada muçulmana gera polêmica na web; atriz responde

Dakota Fanning foi ao Instagram para se pronunciar após polêmica envolvendo o seu nome - Ernesto S. Ruscio/Getty Images
Dakota Fanning foi ao Instagram para se pronunciar após polêmica envolvendo o seu nome Imagem: Ernesto S. Ruscio/Getty Images

do UOL, em São Paulo

05/09/2019 09h21

A atriz Dakota Fanning está no centro de uma polêmica nas redes sociais. Isso porque a escalação da jovem para interpretar uma mulher refugiada muçulmana no filme Sweetness in the Belly gerou reações do público.

No enredo, originário do romance homônimo de Camilla Gibbs, Dakota vive na pele de Lilly Abdal, uma órfã britânica que passou a infância em Marrocos e na Etiópia antes de fugir para a Inglaterra e viver como uma refugiada em Londres. O lançamento mundial do filme acontece no sábado.

A escolha da atriz - uma norte-americana loira - para o papel de Lilly foi duramente contestada por parte do público. "Tantos atores muçulmanos talentosos por aí e vocês escolhem... Dakota Fanning? Eu imploro o seu perdão", publicou no Twitter Muhammad Butt, escritor, que tem mais de 11 mil seguidores na rede social.

Já outros defenderam a indicação da atriz para o papel. "Dakota Fanning é uma mulher branca que interpreta uma mulher branca. Isso agora é inaceitável também? Os brancos simplesmente não podem mais participar de filmes?", disparou o apresentador Matt Walsh, dono de uma conta com mais de 250 mil seguidores no Twitter.

Atriz se pronunciou

Diante de toda a polêmica, a própria atriz resolveu expor a situação em seu Instagram.

"Só para esclarecer. No novo filme do qual faço parte, Sweetness in the Belly, não interpreto uma mulher etíope. Interpreto uma britânica abandonada pelos pais aos sete anos na África e viro muçulmana. Minha personagem, Lilly, viaja para a Etiópia e é pega no início da guerra civil. Posteriormente, ela é enviada para casa na Inglaterra, um lugar de onde ela é, mas nunca conheceu".

Dakota também revelou entusiasmo por fazer parte da ficção. "Baseado em um livro de Camilla Gibb, este filme foi parcialmente produzido na Etiópia, é dirigido por um homem etíope (Zeresenay Berhane Mehari) e apresenta muitas mulheres etíopes. Foi um grande privilégio fazer parte desta história".

"O filme é sobre o que significa lar para as pessoas que se veem deslocadas e para as famílias e comunidades que eles escolhem e que os escolhem", completou a jovem.