Internet, festivais comerciais, atentados: Por que é difícil Woodstock acontecer de novo
"Marco da contracultura", "maior espetáculo da Terra" ou "o dia em que milhares de jovens de cuca legal resolveram aparecer para ver de graça uns shows bacanudos em uma fazenda", o festival que aconteceu entre 15 e 18 de agosto de 1969 passou à história como um dos eventos mais importantes e de maior impacto cultural do século 20. Em três dias de paz, amor e música que definiram uma geração, a terra parou --e pirou.
Exatas cinco décadas depois, com o surpreendente cancelamento da edição que comemoraria meio século do festival que mudou o mundo, paira a pergunta: seria possível realizar um novo Woodstock, com o mesmo ou ao menos parte de seu apelo e significado original, em tempos fluidos de internet e eventos cada vez mais profissionais e midiáticos, pautadas pelas cifras de grandes corporações?
Dentro da fazenda do Woodstock, reinava o clima de paz, liberdade diversidade. Drogas e sexo eram mato. Longe dos olhos julgadores da família e sociedade, jovens poderiam ser como eram e fazer o que bem entendessem, desde que não prejudicassem o próximo. Por três dias, cerca de meio milhão de pessoas experimentaram a utopia da era de aquário: uma sociedade harmoniosa, revolucionária e essencialmente progressista, livre do que se entendia como direita (capitalismo) e esquerda (comunismo).
O cancelamento da edição de 50 anos de Woodstock, por problemas financeiros e logísticos, pegou de surpresa o produtor original Michael Lang e o mundo. O festival, que já havia ganhado outras três edições entre 1979 e 1999, teria se perdido relevância na roda do tempo?
Os organizadores ouvidos pelo UOL são unânimes em afirmar que o contexto de ebulição social que vivemos em 2019 é parecido com o de 1969, mas dificilmente haveria espaço para a realização de um "novo Woodstock", um festival grande e com impacto cultural tão profundo.
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