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Euphoria: Ator usou prótese para cena de nu frontal em nova série da HBO

Eric Dane em cena de Euphoria - Divulgação
Eric Dane em cena de Euphoria Imagem: Divulgação

Beatriz Amendola

Do UOL, em São Paulo

17/06/2019 12h26

Eric Dane, que conquistou o coração dos fãs de Grey's Anatomy como Mark, o McSteamy, protagoniza uma das cenas mais chocantes de Euphoria, nova série da HBO que estreou ontem. Ele aparece em nu frontal, com o pênis completamente ereto, antes de seu personagem fazer sexo com Jules (Hunter Schafer), uma garota trans de 17 anos (o ato é considerado estupro em alguns estados americanos, a depender da idade de consentimento estipulada pelas leis locais).

Não é o membro do ator, porém, que aparece em cena. Ele usou uma prótese, o que é prática corrente em sequências do tipo. "Usar uma próteses é meio que um protocolo. É protocolar e demonstra cuidado com seu parceiro de cena", contou Dane à revista Entertainment Weekly. "Houve uma tomada específica em que eu disse 'se fizer sentido não usar prótese, estou disposto a isso'. Mas no fim das contas, pelo contexto, decidimos que usar a próteses era o caminho, e tomamos essa decisão em conjunto".

Para orientar as cenas de Dane com a atriz Hunter Schafer, a série contou com uma especialista de intimidade. "Essas cenas são muito difíceis de fazer", afirmou o ator. "Ajuda ter uma voz na sua orelha, uma voz para quem você pode se expressar. Simplifica muitas coisas e cria um ambiente seguro e confortável para uma gravação que geralmente é muito desconfortável. O que fizemos no piloto não é exceção; é uma cena muito intensa".

Questionado sobre as controvérsias em torno de "Euphoria", que chocou espectadores ao retratar sexo e uso de drogas, Dane disse aprovar a honestidade com que a série trata o assunto. "A série traz uma visão direta sobre o que significa ser adolescente hoje - vício em drogas, conflitos pessoais. Quando você fala de assuntos assim, é um desserviço não ser honesto sobre isso. Você não pode atenuar coisas assim. Acredito que as pessoas estão mais abertas a discutir assuntos como vício, sexualidade e saúde mental. Graças a Deus, nos últimos anos se criou um diálogo aberto em torno disso".