Contra lei antiaborto, "The Walking Dead" ameaça deixar Geórgia
O canal AMC ameaçou tirar a produção de "The Walking Dead" -- sua série mais lucrativa -- do estado norte-americano da Geórgia, em protesto contra uma restritiva lei antiaborto assinada pelo governador Brian Kemp.
A emissora se junta a outras gigantes do entretenimento como Netflix, Disney, Sony e CBS, que já se comprometerem a reavaliar suas atividades na Geórgia. Nos últimos anos, o estado havia se tornado lar de várias produções de cinema e TV por conta de seus generosos benefícios fiscais.
"Se essa lei restritiva for implementada, nós iremos reavaliar nossa atividade na Geórgia", disse a AMC em um comunicado oficial à revista "Forbes". "Leis semelhantes, algumas até mais restritivas, passaram em vários estados e foram desafiadas. Essa provavelmente será uma luta longa e complicada, e estamos acompanhando de perto".
"The Walking Dead" é gravada na Geórgia desde que começou a ser produzida, em 2010. Vários membros do elenco, inclusive, compraram casas no estado.
A lei
O governo da Geórgia sancionou no início de maio uma medida que proíbe interromper a gravidez depois de seis semanas de gestação. O governador Brian Kemp disse que a lei é uma garantia para que "todos tenham as oportunidades de viver, crescer, aprender e prosperar".
A lei passará a servir a partir de 2020 e criminaliza o aborto uma vez que uma batida do coração no útero é detectada -- o que acontece normalmente neste período, quando muitas mulheres ainda não sabem exatamente que estão grávidas.
Outros estados norte-americanos que possuem leis similares são Ohio, Mississipi, Kentucky, Iowa e Dakota do Norte.
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