Como "Fênix Negra" renasceu das cinzas para encerrar a saga dos X-Men
Quarto capítulo da nova leva de filmes dos X-Men, "Fênix Negra" chega aos cinemas no dia 6 de junho com um possível desfecho da saga. Desta vez, o foco será em Jean Grey (Sophie Turner), que é atingida por uma explosão solar e transforma sua personalidade em uma heroína soturna e imprevisível.
A produção da Fox enfrentou atrasos, refilmagens, fracassos anteriores e a venda do estúdio para a Disney -- ou seja, um reboot será feito agora que o grupo de heróis comandado pelo Professor Xavier pode entrar no Universo Cinematográfico da Marvel (MCU).
Ainda assim, há motivos para os fãs da franquia se animarem com o filme, como o protagonismo de Sophie Turner e mais uma oportunidade de ver uma aventura com Magneto e Professor X. Entenda a seguir como o novo filme dos X-Men conseguiu dar a volta por cima.
Enfim será lançado
"Fênix Negra" era para ter saído nos cinemas há sete meses, em novembro de 2018, entre os blockbusters "Venom" e "Aquaman". Mas nada feito. Junto com o irmão "Novos Mutantes" (que deve sair em 2020 pela Disney), o quarto capítulo da franquia foi adiado para junho e pouco se falou sobre a trama até o começo deste ano.
O primeiro trailer saiu apenas em fevereiro, e muitas cenas foram refilmadas. Segundo o produtor Hutch Parker, o longa teve o final completamente remodelado, deixando de lado o clima mais cósmico para voltar à Terra e englobar melhor os personagens.
Parece uma jogada válida e segura para que os fãs não fiquem traumatizados com um fechamento incongruente com o restante da jornada do grupo do Professor X.
Despedida merecida
Enquanto "Fênix Negra" estava no forno, a Disney sacramentou a compra da Fox. O que isso significa? Que possivelmente a amada franquia dos quadrinhos vai ganhar uma roupagem nova -- e muito provavelmente novo elenco -- para os filmes futuros.
Além disso, agora os heróis poderão aparecer no MCU juntamente com Deadpool e Quarteto Fantástico. A Disney tem nas costas 21 filmes que culminaram no épico "Vingadores: Ultimato", e a maioria conquistou o coração dos fãs e dos críticos. Por isso, um reboot dos X-Men não faria mal para alguém cuja credibilidade está lá em cima.
Pensando nisso, o que levaria uma multidão alucinada aos cinemas para saber o que acontece com Jean Grey se a franquia está com os dias contados? Os X-Men têm uma legião de fãs que apoiam o filme e querem ver um final para a saga competente que traz o passado dos personagens. Os personagens são carismáticos, cheios de personalidade e merecem uma despedida à altura do que a Fox vem fazendo desde 2000.
Elenco de primeira
A principal força de "Fênix Negra" será o seu elenco. McAvoy e Fassbender são perfeitos como a versão mais jovem de Patrick Stewart e Ian McKellen, respectivamente, e desta vez quem toma a liderança é Sophie Turner. Este será o primeiro papel como protagonista da atriz de 23 anos que foi Sansa em "Game of Thrones".
O elenco é o mesmo desde "Primeira Classe" e a introdução de novos personagens sempre vai bem. A sacada da Fox em trazer Jessica Chastain como uma misteriosa vilã deu mais peso ao longa, que conseguiu se sustentar para que fosse lançado mesmo com uma promessa de reformulação.
Além de McAvoy, Fassbender e Chastain, ainda estão Jennifer Lawrence (Mística), Nicholas Hoult (Fera), Evan Peters (Mercúrio) e Tye Sheridan (Ciclope). A direção é de Simon Kinberg, produtor dos últimos filmes da franquia e que estreia como cineasta.
Reverter a confusão de "Apocalipse"
"X-Men: Primeira Classe" (2011) e "X-Men: Dias de um Futuro Esquecido" (2014) foram essenciais para revitalizar os mutantes no cinema. A relação de amor e ódio entre Professor Xavier (James McAvoy) e Magneto (Michael Fassbender) -- desta vez mais novos -- é o carrega os filmes, que tiveram ainda a participação do elenco original: Patrick Stewart, Ian McKellen e Hugh Jackman.
Mas então veio "Apocalipse" (2017). Não que o filme seja ruim, mas a escolha de Bryan Singer em focar no vilão En Sabah Nur (Oscar Isaac), o primeiro mutante, não foi das melhores. O personagem parecia fora de contexto (e olha que estamos de falando de humanos com poderes) e o roteiro acabou tentando agrupar muitas coisas, o que ficou confuso no fim.
O terceiro capítulo arrecadou menos de US$ 550 milhões nas bilheterias, com um orçamento gordo de US$ 180 milhões, a pior performance da trilogia mais recente. A expectativa é que o sucessor tenha a pior estreia da franquia nos cinemas, menor ainda do que "Wolverine: Imortal" (2013) com seus US$ 51 milhões arrecadados no primeiro final de semana.
Porém, o filme é necessário para que a saga tenha uma despedida mais do que merecida. Já se passaram oito anos desde que "Primeira Classe" surgiu e a Fox apoiou a franquia em receber mais um capítulo para amarrar tudo. O melhor a fazer é deixar de lado a confusão de "Apocalipse", consertar o erro anterior e focar no protagonismo da Fênix Negra.
Surpresas na trama -- e um perigo!
Com o elenco poderoso, o filme ainda precisa de um roteiro que faça jus ao mundo fantástico dos X-Men. Kinberg já anunciou que Mística morre no filme -- sim, o diretor deu um spoiler -- e isso pode ser interessante para especular como Magneto, Professor X e Fera vão sentir este choque.
Por outro lado, a história da Fênix Negra já foi contada em "X-Men: O Confronto Final" (2006), escrito por Kinberg. Vale a pena ver uma espécie de reboot de um filme escrito pela mesma pessoa que agora vai dirigir a nova versão? Parece uma confusão, mas o cineasta explicou que aprendeu com os erros e os fãs verão uma adaptação definitiva sobre a trama da heroína.
"A grande lição que aprendi em 'X-Men 3' é que se você vai contar a história da Fênix, conte a história da Fênix. Não deixe como subtrama do filme. Faça como a trama central. Neste novo filme, Jean/Fênix é a personagem central, o filme inteiro é sobre ela", disse o norte-americano para o Screenrant.
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