Todo fã de "Game of Thrones" precisa ver a cinebiografia de Tolkien
"Explicamos a seguir por que "Tolkien" é parada *obrigada (obrigatória) para os fãs "da que queiram" (?) entender mais sobre aquele que inspirou a criação de Westeros e as batalhas para conseguir o Trono de Ferro" Abraços!!
"Tolkien", a cinebiografia de J. R. R. Tolkien, chega aos cinemas amanhã contando uma versão romantizada da vida do autor de "O Senhor dos Anéis". O filme dirigido por Dome Karukoski absorve a imaginação fértil do escritor e reflete o mundo fantástico que ele criou.
Não é segredo que George R. R. Martin se inspirou no britânico o para desenvolver o mundo fantástico de "As Crônicas de Gelo e Fogo", que deu origem à popular série -- e agora um tanto odiada -- "Game of Thrones".
Explicamos a seguir por que "Tolkien" é parada obrigatória para os fãs que querem entender mais sobre aquele que inspirou a criação de Westeros e as batalhas para conseguir o Trono de Ferro.
Histórias de amor
A trama central de "Tolkien" foca no relacionamento entre o escritor (vivido por Nicholas Hoult) e Edith Bratt (papel de Lilly Collins). Eles se conheceram quando ainda eram adolescentes, dois órfãos vivendo sob o mesmo teto, e se apaixonaram mesmo enfrentando uma guerra no meio do caminho.
Se no filme os pombinhos vivem uma bela história de amor, entre árvores seculares e contos sobre elfos que passeiam por bosques misteriosos, "Game of Thrones" também foca em diversos tipos de relacionamentos. Há o amor entre irmãos (família Stark e Lannister), de paixão (a conturbada relação entre Jaime e Cersei) e amigos (Tyrion e Varys; Tomund e Jon Snow).
"Tolkien" também aborda diversas ramificações do que é amor, e, apesar de Tolkien e Edith roubarem a atenção, é bonita a forma como o diretor Dome Karukoski mostra a amizade entre o autor e seus amigos na adolescência e juventude, desde a criação do Clube do Chá e Sociedade Barroviana até as perdas da Primeira Guerra Mundial.
Dragões e criaturas sombrias
"Game of Thrones" chegou a ter três dragões: Drogon, Viserion e Rhaegal. Por outro lado, "Tolkien" pode não ter um trio tão imponente, mas traz uma criatura de fogo como já foi visto no trailer oficial.
O animal surge em uma visão do escritor enquanto ele sobrevive nas trincheiras da Primeira Guerra Mundial, cuspindo fogo para compor o cenário de destruição. Mas não é apenas nos dragões que podemos comparar com "Game of Thrones".
A série baseada nos livros de Martin apresentaram feiticeiras, seres sombrios e muita magia -- e a cinebiografia do autor de "O Senhor dos Anéis" também bebe desta fonte. Tolkien escreveu sobre magos, elfos, demônios da profundeza e "imperadores" da Terra Média, que são relembrados no filme como produtos do imaginário fértil do escritor.
Batalhas
Tolkien foi para a Primeira Guerra Mundial e sua cinebiografia mostra, mesmo não se aprofundando no tema, como o confronto impactou o então estudante de Oxford. Já doente em combate, o jovem misturava a realidade e a ficção nas trincheiras, vendo a morte de seus colegas flertando com os contos de sua mãe sobre guerreiros medievais.
Ao mesmo tempo, as armas de fogo também ganham espaço no filme, mostrando que a guerra do início do século 20 foi uma mistura do novo e do velho. Mesmo não sendo a proposta inicial, "Tolkien" mostra como as lutas influenciaram o trabalho do escritor, o que vimos em "O Senhor dos Anéis" e "o Hobbit", por exemplo.
Em "Game of Thrones", nem é preciso dizer que a batalha é imprescindível. Alguns dos momentos memoráveis da série vieram particularmente de conflitos, seja contra os White Walkers ou até mesmo entre as casas para saber quem, no final das contas, ficaria com o poder.
Uma aventura
Em "Game of Thrones", muitos personagens enfrentaram obstáculos em suas respectivas jornadas, como Jaime, Arya, Sam e o bastardo Jon Snow. No decorrer das temporadas, fomos vendo que tanto a personalidade quanto as ambições de cada um deles mudaram.
A jornada de Tolkien é diferente do que as vistas em "GoT". Seu pai morreu cedo, assim como sua mãe, de quem ele adquiriu o gosto pela leitura e as histórias fantásticas. Em um lar adotivo, teve que lutar contra o preconceito por ser de classe social baixa e entrou em Oxford com bolsa de estudos -- para isso, teve que se afastar da amada.
Após ser expulso, se alistou na guerra e por fim escreveu o clássico "O Senhor dos Anéis" enquanto era professor da tradicional universidade britânica. O arco do protagonista é uma bela história de superação, mas principalmente de como lendas e mitos o ajudaram a enfrentar a realidade.
Línguas novas
"Game of Thrones" apresenta idiomas totalmente inéditos -- o dothraki e o valiriano. A ideia original vem de Tolkien, que usou linguagens próprias em seus livros, desenvolvidas principalmente dos povos nórdicos.
"Tolkien" traz como o escritor se apaixonou pela linguística e as histórias que bolava a partir das palavras desenvolvidas pelo autor. É curioso ver como a cinebiografia explora o tema e desenvolve uma narrativa particular dentro da linguagem crua do escritor.
"Me conte uma história, em qualquer língua", pede Edith quando o casal se arrisca a almoçar em um restaurante chique. A construção de sua própria linguagem é um tipo de metáfora de como Tolkien influenciou tantos filmes, séries e livros com sua obra particular.
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