Wagner Moura diz temer por Jean Wyllys e revela ameaças: "Não tenho medo"
Wagner Moura comentou a decisão do amigo Jean Wyllys de desistir do mandato de deputado federal pelo PSOL do Rio de Janeiro. Wyllys disse, em entrevista à Folha de S. Paulo nesta semana, que deixará o Brasil com medo de ameaças.
"Freixo e Jean são muito meus amigos, eu conheço o Jean da época de faculdade em Salvador, ele é uma pessoa que eu amo muito, é muito próxima minha, e Freixo é um grande amigo meu. Sobretudo eu temo por eles. Eu lamento a decisão de Jean, mas apoio totalmente, estou totalmente solidário a Jean. Lamento por perder neste momento a força que ele tem, a força incrível que ele tem ali dentro daquele Congresso", afirmou o ator em entrevista para Simone Zuccolotto, do programa "Cinejornal", que vai ao ar neste sábado (26) no Canal Brasil.
Moura estreia como diretor de cinema com o filme "Marighella" no Festival de Berlim. A cinebiografia é uma adaptação do livro "Marighella - O Guerrilheiro Que Incendiou o Mundo", de Mário Magalhães, sobre o ex-deputado poeta e guerrilheiro brasileiro assassinado pela ditadura militar em 1969.
Ele afirmou que, assim como Jean, também foi ameaçado durante as gravações de "Marighella": "A gente recebeu ameaça de gente dizendo que ia invadir o set do filme, que ia quebrar tudo. Na minha frente ninguém nunca fez nada e eu não sei como reagiria se o fizessem".
Se tem medo? O ator respondeu: "Não. Eu gostaria que não acontecesse. Mas eu não tenho medo não".
Ele comemorou a escolha de Berlim como palco da primeira exibição do filme. "O cinema brasileiro tem uma trajetória bonita lá dentro: já ganhamos com 'Central do Brasil', com 'Tropa [de Elite]'... tem uma história de 'urso' no cinema. Eu tenho uma história em Berlim porque eu estive lá com 'Tropa 1', com 'Tropa 2' e com 'Praia do Futuro'. Então eu achei que era natural mandar o nosso filme e nós ficamos muito felizes com a seleção de 'Marighella' para a mostra principal", afirmou.
"Marighella" traz no elenco nomes como Seu Jorge, Adriana Esteves, Bruno Gagliasso e Humberto Carrão.
Morte de Caio Junqueira: "A gente era muito amigo"
Wagner Moura também comentou, no "Cinejornal", a morte do ator Caio Junqueira, que aos 42 anos não resistiu a um grave acidente de carro. Os dois trabalharam juntos no cinema e no teatro.
"Eu e Caio fizemos 'Tropa de Elite' juntos e, quando terminou, o levei para fazer 'Hamlet' comigo. Caio era o Horácio. E é assim que eu vou me lembrar dele para sempre. Horácio era o amigo fiel de Hamlet, e ele sobrevive naquele castelo em que todo mundo morre. Horácio vive. A gente era muito amigo", declarou ele.
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